Após dois anos jogando na Rússia fora de sua posição, jogador se mostra aliviado por retornar ao Brasil. Antes de jogar, porém, precisa se recuperar
O volante Charles, de 25 anos (completa 26 no dia 14 de fevereiro), está de volta ao futebol brasileiro para, segundo ele, ser feliz. Ele foi apresentado nesta segunda-feira pelo Santos, após dois anos jogando no Lokomotiv-RUS, com um sentimento de alívio. O jogador deixou claro que não aguentava mais atuar na Rússia. Ele foi emprestado ao Peixe por um ano.
- Voltei para reencontrar a felicidade de jogar futebol, que eu não estava tendo lá. Estou vindo para um clube de camisa importante e me sinto preparado para o desafio.
Charles, porém, terá de esperar. Há quatro meses, ele rompeu o tendão patelar do joelho esquerdo, teve de ser operado e ainda está em recuperação.
- Estou parado há três meses, mas a recuperação está indo muito bem. Os profissionais aqui do Santos são excelentes. Acredito que até o fim de fevereiro já vou estar jogando.
Por causa da lesão de Charles, o Santos conseguiu um abatimento nos valores do empréstimo com o Lokomotiv. Se o jogador voltar a atuar só em março, o Peixe pagará R$ 151 mil. Caso o prazo seja reduzido para fevereiro, o empréstimo custará R$ 243 mil. Já se Charles estivesse pronto já em janeiro, o que já foi descartado, o Santos teria de pagar R$ 336 mil.
O reforço santista chegou referendado pelo técnico Adilson Batista, com quem trabalhou no Cruzeiro, em 2008. No início, a diretoria santista relutou em fechar com um jogador que ainda iria precisar de muito tempo para ficar pronto. Diante da insistência do técnico, porém, o negócio foi fechado.
- Não ganhei essa confiança do Adilson porque sou bonito ou feio. Conquistei nos jogos, no trabalho do dia a dia no Cruzeiro. Agora, espero voltar logo para retribuir.
Primeiro volante, não
Charles avisa que sua preferência é jogar como segundo volante, saindo para o jogo e chegando perto da área. Ele conta que, no Lokomotiv, atuava fora de sua posição e que isso o incomodava.
- Lá eu era primeiro volante. O técnico me colocava para jogar assim. Eu não gostava muito, mas tinha de aceitar. No Cruzeiro, com o Adilson, eu tinha mais liberdade para sair jogando, dar lançamentos.
Globoesporte.com
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