Ex-santista sobre Neymar: 'Pelé nunca faria isso'

Gilberto Sorriso, ex-Menino da Vila, espera que Joia não tenha provocado e diz que Rei é referência

"Sou milionário, posso tudo!". Neymar não confirmou a acusação de Antônio Lopes após a partida contra o Avaí, na última quinta-feira, na Vila Belmiro, mas a polêmica frase e o modo como foi caçado na última partida credenciam a Joia a ouvir conselhos.

Integrantes do primeiro time de Meninos da Vila, em 1978, o meia Pita, revelado pelo Santos, e Gilberto Sorriso, então contratado à época do São Paulo, dão as dicas de comportamento para o camisa 11.

O ex-lateral-esquerdo acredita que tudo é fruto de provocação e que a possível mudança de vida repentina, com o recente “plano de carreira”, pode ter mexido com a cabeça de Neymar.

– Se o Neymar fez isso, alguém o provocou. Falam que vão quebrar o tempo todo e ninguém em sã consciência faria isso. Ele está empolgado com a mudança de vida, mas precisa ser bem orientado, não sabemos o dia de amanhã – alertou.

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Gilberto não acredita que o jogador tenha falado isso e acredita que o fato prejudicaria a sua imagem como ídolo.

– É ruim saber que alguém que formamos como ídolo está humilhando assim. Sou fã na música do Roberto Carlos e no futebol do Pelé, o maior do mundo não teria uma atitude dessas, espero que seja assim com ele – completou.

Pita, por sua vez, camisa 10 habilidoso, também sabe bem o que é ser caçado, mas afirmou que nunca recebeu provocações assim.

– Eu não recebia, pois só driblava em direção ao gol, nunca fiz esse tipo de coisa. Os jogadores entravam duro, é claro, mas nunca desleais. Não fazia nada para menosprezar – afirmou.
O ex-meio-campista falou que o chapéu no volante Marcinho Guerreiro, novamente com a bola parada, foi algo instintivo, de “molecagem”.

– É molecagem, ele é muito jovem e precisa de uma orientação. Parece menosprezo, mas não é. Isso é a essência dele, tive alguns casos de expulsão de tanto apanhar e depois revidar. Cabe ao árbitro também coibir a violência – concluiu.

Lancepress