terça-feira, 1 de junho de 2010

Dorival nega perda de comando e desmente interesse palmeirense



Afastamento e insatisfação pública de jogadores foram temas abordados por Dorival em reunião


A reunião com o elenco do Santos, a portas fechadas no vestiário da equipe, no CT Rei Pelé, durou cerca de uma hora e meia e gerou uma série de questionamentos ao técnico Dorival Júnior.
No entanto, o treinador negou uma crise de relacionamento dentro do elenco santista e foi mais além. Irritado com os comentários em torno de uma possível perda de comando junto aos atletas, Dorival afirmou que isso não ocorreu e que, caso venha a acontecer, irá deixar o clube.


"Vamos ser diretos: quando eu perder a liderança do grupo, se isso acontecer, sou o primeiro a sair do barco", disparou o comandante alvinegro, depois de ter sido bastante indagado sobre o seu perfil de comando sobre os jogadores.


"Isso nunca aconteceu comigo, em momento nenhum da minha carreira. Por isso eu digo e repito: podem ter certeza que eu sou o primeiro a abandonar o barco se eu sentir que não tenha mais o grupo nas mãos. Futebol é troca de confiança e se isso não existir mais, eu serei o primeiro a dar o sinal para a diretoria para que eu saia", destacou.


Segundo Dorival Júnior, os problemas que aconteceram, como o episódio do afastamento de Neymar, Paulo Henrique, André e Madson, por terem chegado atrasados à concentração, no final da semana retrasada, e as críticas de Edu Dracena, depois de ter sido substituído no jogo contra o Corinthians, não servem de parâmetro para justificar uma falta de comando dele em relação ao elenco.


"Tenho problemas para resolver diariamente aqui. O treinador é um gerenciador de problemas e é claro que eu preciso administrar isso. Obviamente, uma coisa ou outra escapa. Precisamos tomar cuidado com as declarações, e isso foi colocado para os jogadores. E eles sabem também que quem está aqui, no comando da equipe, sempre os defendeu ao extremo, independentemente do resultado", ponderou.


Além de falar sobre assuntos internos do clube, Dorival também foi questionado sobre um suposto interesse do Palmeiras, que está sem técnico desde a saída de Antônio Carlos Zago - Jorge Parraga tem dirigido a equipe da capital, interinamente -, em sua contratação.
Com vínculo até o final do próximo ano com o Santos, o treinador negou que esteja cogitando trocar a Vila Belmiro pelo Palestra Itália.


Não fui procurado por ninguém do Palmeiras. Fora isso, tenho contrato com o Santos e sempre procurei cumprir meus compromissos com as equipes em que trabalhei. Só saio daqui a partir do momento em que o clube não me queira mais", concluiu.


Gazeta Esportiva

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