domingo, 16 de maio de 2010

Ataque poderoso e defesa que sofre: Peixe perto de levar 50º gol no ano


Time mais ofensivo do país já foi vazado 49 vezes nesta temporada, 14 delas nas últimas cinco partidas. Dorival não mostra preocupação


Atacar e fazer gols. Essa é a vocação do Santos. Neste ano, foram 109 gols em 33 partidas. É a equipe com ataque mais positivo do Brasil. No entanto, a defesa santista, em números absolutos, é a mais vazada dos principais times da Série A. São 49 bolas na rede (número que resulta num saldo positivo de 60). Nenhum dos 12 maiores do Brasil sofreu tantos gols neste ano. Só o Botafogo, na média, tem defesa pior: são 39 gols em 26 jogos, média de 1,5 gol por jogo. A média santista é 1,48 , quase um empate técnico.


Nos últimos cinco jogos, a situação da defesa santista ficou mais crítica. Foram 14 gols sofridos, uma média de 2,8 por jogo. O Botafogo, por exemplo sofreu nove no mesmo período (1,8 de média). O Santos levou quatro gols do Grêmio (3 a 4), três do Botafogo (3 a 3), quatro do Atlético-MG (em dois jogos: 3 a 1 e 2 a 3) e mais três do Santo André, na final do Paulistão (2 a 3).
Os números não preocupam tanto o técnico Dorival Júnior, do Santos. Ele acha natural que uma equipe que ataca muito acabe se abrindo na defesa.


- Não é o ideal e chama mesmo a atenção. Mas temos de analisar as circunstâncias. Contra o Grêmio, levamos gols por erros individuais. Contra o Santo André, jogamos 75% da partida com jogadores a menos. Além disso, estamos jogando muitas decisões seguidas, e o desgaste é forte. De qualquer forma, vamos continuar indo para cima. Se o time vier a perder, vai perder jogando dessa forma.


O zagueiro Edu Dracena defende a zaga santista e diz que uma equipe que ataca acaba sendo mais vulnerável. Questão de estilo. Ele lembra que, muitas vezes, o Peixe entra em campo com três atacantes (Neymar, André e Robinho), dois meias (Paulo Henrique Ganso e Marquinhos) e com dois volantes que não têm como característica principal a contenção (Wesley e Arouca).


- O Arouca, que joga ali na frente da zaga, não é um primeiro volante. Ele sai bastante, é a caractertística dele. Assim como o Wesley, que é praticamente mais um meia. As pessoas que não sabem ver futebol dizem que a defesa do Santos compromete o ataque. Mas pouca gente vê que, muitas vezes, chegamos ao ataque com seis jogadores. E ficamos só uns três lá atrás para segurar. É o estilo de jogo do time - diz.


Dracena, por outro lado, não se incomoda muito com os gols sofridos, desde que o ataque se mantenha funcionando.


- Nós sofremos 49, mas fizemos 109. Só o nosso saldo (60 gols) é melhor que a produção de muito ataque por aí. Eu acho que isso é o que precisa ser analisado.


As melhores defesas entre os grandes times do Brasil, na média, são as de Corinthians e São Paulo. O Corinthians sofreu 27 gols em 30 jogos. Já o São Paulo, 28 em 31. Ambos têm média de 0,9 gol por jogo. Já em números absolutos, Fluminense e Vasco foram menos vazados: ambos levaram 26 gols, mas disputaram menos jogos - 26 e 28, respectivamente


Globoesporte.com

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