domingo, 11 de abril de 2010

Peixe ri por último no jogaço do Morumbi


São Paulo conseguiu reagir no segundo tempo, mas acabou levando um gol no fim. Agora, Santos pode até perder por um gol na volta

Um bom jogo decisivo deve assim: corrido, nervoso, cheio de alternativas, emocionante e, claro, com muitos gols. O clássico entre São Paulo e Santos, neste domingo à tarde, no Morumbi, pelas semifinais do Paulistão, teve tudo isso.

Os Meninos da Vila foram para cima, abriram 2 a 0, o time tricolor, com um a menos (Marlos foi expulso ainda no primeiro tempo), empatou e, no fim, com um de cabeça de Durval, o Peixe venceu por 3 a 2. Agora, o Alvinegro Praiano passa à final até perdendo por um gol de diferença no próximo domingo, na Vila Belmiro.

Peixe começa assustando...

O jogo começou estudado, um pouco truncado. O técnico Dorival Júnior, do Santos, mandou a campo um time com características ofensivas, com três atacantes, mas posicionados num 4-4-2 clássico: o meia Marquinhos atuou como volante ao lado de Arouca e Robinho jogou mais recuado, como um meia, armando o jogo ao lado de Ganso, deixando Neymar e André mais à frente.

O São Paulo tomou a iniciativa e, marcando muito bem no meio de campo, conseguiu brecar as investidas dos santistas, que erravam muitos passes. O objetivo tricolor era ficar com a bola, para não dar chance ao melhor ataque do campeonato. Essa estratégia deu certo até 26 minutos, quando Neymar, até então apagado, recebeu na meia esquerda e acertou um lindo passe para Léo, que entrou pela esquerda e bateu cruzado. Júnior César apareceu pelo meio e acabou marcando contra.

Os são-paulinos reclamaram que, na hora do chute de Léo, havia dois jogadores santistas impedidos. Após marcar, o Santos se tranqüilizou e passou a comandar as ações. Jogando pelos lados do campo, abria a defesa são-paulina. Aos 33, Marlos, que já tinha amarelo, chutou Robinho por trás e acabou expulso.

As coisas se complicavam para o time da casa. Com um a mais, o Peixe encurralou o adversário e marcou o segundo aos 40, quando Neymar avançou pela esquerda e cruzou para André, que entrou por trás emendou de primeira.

Tricolor reage, mas Durval garante para o Santos

Pelo primeiro tempo, o jogo se encaminhava para uma vitória tranquila do Santos. Mas, então, o técnico Ricardo Gomes teve uma boa sacada no intervalo: tirou o atacante Washingtou e colocou o lateral-direito Cicinho. Com isso, o São Paulo ganhou saída rápida pelo meio, controlou a posse de bola e a marcação. Encurralou o adversário e deu a impressão de que jogava com um a mais e não o contrário.

Perdido na marcação, correndo atrás dos são-paulinos, os jogadores do Peixe foram apelando e cometendo faltas duras uma atrás da outra. Logo aos sete minutos, Hernanes avançou pelo meio, fez fila e mandou o chute de fora. Não foi exatamente uma bomba, mas o goleiro Felipe não conseguiu alcançar e diminuiu. O Santos tentou reagir aos 8, quando Robinho, após receber de Neymar, acertou o travessão. Mas o Peixe parou por aí.

O gol tricolor pôs fogo no jogo. A maneira como Hernanes comemorou, com raiva, mostrou que o time do Morumbi estava vivo no jogo. E muito vivo. O Santos já não passava mais do meio de campo. O São Paulo atacava por todos os lados e o empate, inevitável, saiu aos 21, quando Cicinho acertou um lindo cruzamento, na cabeça de Dagoberto.

O Peixe estava apavorado. Errava passes previsíveis, Robinho, Neymar, Ganso insistiam em jogar pelo meio, sem sucesso. Dorival, então, tirou André para colocar Pará na lateral-direita, passando Wesley para o meio. Neymar, que sumiu no segundo tempo, foi substituído por Madson. Com essas mudanças, o Santos conseguiu segurar mais a bola para controlar o ímpeto tricolor.

Quando o jogo se encaminhava para um empate, veio o terceiro gol santista. Aos 44, Madson cobrou falta da esquerda, com perfeição, na cabeça de Durval, que entrava livre no segundo pau. O zagueiro só escorou de cabeça.

Enfim, um jogaço.


Globoesporte.com

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