quinta-feira, 8 de abril de 2010

E que venha o São Paulo contra os meninos...


Peixe até deu pinta de que golearia com facilidade, mas permitiu reação nos 4 a 2. Neymar, Ganso e André tiraram onda de dancinha dos substitutos


Com titulares ou reservas, o Santos mantém o seu faro de gols intacto. Com um time alternativo, o Alvinegro venceu o rebaixado Sertãozinho por 4 a 2, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Dos titulares, apenas o goleiro Felipe esteve em campo. O Peixe até deu pinta de que golearia com mais facilidade. Chegou a abrir 3 a 0, com Germano, Alex Sandro e Zé Eduardo, mas viu o adversário reagir e marcar dois gols, com Thiago Silvy. Marcel, que disputou seu primeiro jogo oficial, marcou o quarto, de pênalti, já nos acréscimos, decretando a vitória.

O Santos, que entrou em campo com a primeira colocação assegurada, vai aos 47 pontos e chega às semifinais com uma campanha invejável: 15 vitórias, dois empates e duas derrotas em 19 jogos: aproveitamento de 82%. Marcou 61 gols, média de 3,2 gols por jogo. Já o Sertãozinho, com 14 pontos, termina em penúltimo lugar.

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Agora, o Peixe se prepara para enfrentar o São Paulo no primeiro mata-mata do estadual. A Federação Paulista de Futebol ainda não divulgou as datas dos dois confrontos, mas é provável que a primeira partida seja domingo, no Morumbi.


Gols e cinturas duras

Neymar, Paulo Henrique Ganso e André foram à Vila e assistiram ao confronto em um dos camarotes térreos do estádio. E riram muito com a tentativa dos reservas de dançarem na comemoração do primeiro gol, marcado por Germano, aos sete minutos de jogo. Logo após completar cruzamento certeiro de George Lucas, o volante e seus companheiros tentaram rebolar, mas mostraram que não levam o menor jeito.


Duros, ele e o lateral pareciam gringos em desfile de escola de samba. Viraram alvo de chacota dos garotos. O jogo estava bem tranquilo para o Santos. O Sertãozinho não oferecia muita resistência e o líder, trocando passes corretos chegava sem muitas dificuldades ao gol adversário. No entanto, os reservas não têm a velocidade dos titulares. Além disso, Dorival Júnior escalou um time mais pesado, com três volantes: Roberto Brum, Germano e Rodriguinho.


Mudou a característica.


O time foi mais cadenciado. Mas o faro de gol seguia afiado. Aos 31, o lateral-esquerdo Alex Sandro arriscou de longe, de canhota, e surpreendeu o goleiro Gilberto. Dessa vez, não houve dancinhas. Enquanto isso, Zé Eduardo corria desesperado atrás do seu gol. Pedia a bola a Madson, Zezinho, George Lucas. Ansioso, balançava a cabeça toda vez que não conseguia completar uma jogada.


Até que, aos 37, Rodriguinho avançou pelo meio e passou para Zé, que entrava livre pela direita. Ele recebeu, afundou de pé direito e correu para comemorar com o meia Marquinhos, outro titular que assistia ao jogo em um camarote. O Sertãozinho, que até então apenas se segurava, conseguiu diminuir aos 40. Alex Maranhão foi ao fundo, pela esquerda, e cruzou rasteiro para Thiago Silvy, que desviou para as redes.

Touro cresce, e jogo cai

Se o primeiro tempo deu a impressão de que o Peixe golearia, o segundo mostrou que, na verdade, o time reserva está anos-luz atrás dos titulares. Os toques de primeira cessaram. Lento, o Alvinegro passou a ser envolvido pelo Touro dos Canaviais. Aos 10, Luciano Castan fez pênalti em Rafael Mineiro. Como já tinha amarelo, acabou expulso. Para completar, na batida, Silvy fez mais um e diminuiu a vantagem santista.

Com um jogador a menos, o Santos ficou todo atrás, dando chutões para cima. Os papéis se inverteram. A equipe visitante tomava a iniciativa, apertava por todos os lados, e o time da casa se segurava como podia. Como o Touro não apresenta qualidade técnica, errava as finalizações e jogo se tornou um enfadonho bate-rebate.

A pressão do Sertãozinho durou pouco. Mesmo com dez jogadores, o Santos retormou o controle do jogo e marcou o quarto aos 47. Maikon Leite invadiu a área e foi derrubado. Pênalti, que Marcel converteu.


Globoesporte.com

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