Quem criou o ditado futebolístico que diz que quem não faz toma sabia do que estava falando. Neste domingo, a Ponte Preta massacrou o Santos, fez o goleiro Fábio Costa fazer valer o seu trabalho, bombardeou a meta do Peixe e viu a vitória ficar com o adversário, que aproveitou a única chance que teve no primeiro tempo e garantiu o triunfo no Moisés Lucarelli.
A impressão do primeiro tempo era que era a Macaca que buscava uma vaga para a próxima fase da competição. Incisivo, o time do técnico Marco Aurélio sufocou o Peixe em seu campo de defesa e fustigou o goleiro Fábio Costa, que salvou a nação santista em pelo menos três oportunidades - duas delas em defesas espetaculares - e garantiu que o Peixe não desse adeus à disputa logo na primeira etapa.
Enquanto isso, o alvinegro praiano parecia mais preocupado em torcer contra a Portuguesa do que em jogar futebol. Fã de Robinho, o garoto Neymar parecia seu ídolo nos piores momentos, sem inspiração e objetividade. Kléber Pereira ficava sumido no meio da zaga ponte-pretana, mas ainda assim conseguiu uma grande oportunidade de abrir o marcador, salva pelo goleiro Aranha.
Mas aí o faro do artilheiro apareceu. Na única jogada realmente bem construída pelo ataque santista, Pará foi bem acionado e achou Kléber Pereira, que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes e correr para o abraço, aos 42 minutos do primeiro tempo.
Só que quem criou o ditado que diz que a justiça tarda, mas não falha, pelo jeito também sabia muito o que falava, porque a Ponte Preta demorou apenas quatro minutos para virar o placar. Primeiro com o jovem Dayvid, que recuperou a bola em saída grotesca do ataque santista, aos 9 segundos de bola rolando; e depois com Gum, que aproveitou cruzamento e cabeceou sozinho para fazer a festa da torcida da casa.
Daí em diante, o Santos, que já estava perdido em campo, degringolou na partida. Com a Lusa fazendo o seu dever de casa, os alvinegros começaram a se afobar e deixaram muito espaço para os ponte-pretanos utilizarem o contra-ataque. Fábio Costa voltou a ser acionado e correspondeu bem quando foi exigido. Parecia que tudo estava perdido. Parecia.
Mas quem parece que sabe mesmo das coisas é quem disse que a esperança é a última que morre. Sem forças, a equipe de Vagner Mancini não conseguia buscar a vantagem. Aí Kléber Pereira apareceu novamente e, na segunda boa jogada da equipe no jogo, o artilheiro recebeu sozinho e fuzilou de dentro da área para empatar.
Aos 43, o Peixe encontrou o gol salvador em um pênalti depois de toque de mão do zagueiro Jean. Kléber Pereira, sempre ele, bateu com categoria e colocou o Santos nas semifinais, mesmo depois de uma fraca apresentação. O alvinegro, quarto colocado, enfrenta o Palmeiras na fase mata-mata.
Lancepress!
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