Dracena foi capitão do Santos na conquista da Libertadores 2011
(Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
O começo de 2015 foi um dos momentos mais conturbados na história recente do Santos. O clube sofreu com a saída de jogadores, que foram à justiça por salários atrasados, mas não foi o caso de Edu Dracena. O zagueiro deu entrevista ao jornalista Ademir Quintino e explicou que não seguiu no Peixe por decisão da diretoria.
“O Modesto não queria que eu ficasse no Santos. Não sei se ele achou que eu era ligado a outra a diretoria. Eu tinha mais um ano. Me deviam oito meses de imagem e três de carteira. Ele facilitou minha saída. Achou que eu não ia conseguir jogar em lugar nenhum. Falei que podia dividir (o que me deviam) em quantas vezes quisessem. Quando ele ficou sabendo que eu estava indo para o Corinthians, quis voltar atrás, mas eu tenho palavra. Ele dificultou, não queria assinar minha rescisão. Tenho uma gratidão muito grande pelo clube, mas pelas pessoas que estavam ali, não tenho nenhuma”.
Outro assunto polêmico comentado por Edu Dracena foi a demissão do técnico Doríval Júnior, na véspera de um clássico contra o Corinthians, depois de um desentendimento com Neymar.
“Ele (Neymar) queria bater o pênalti, o Dorival mandou o Marcel. Deu aquela discussão toda. Xinguei ele, me xingou também. O que acontece dentro de campo, fica em campo. Teve reunião no sábado. Falaram que o Neymar ia ser punido. Tinham combinado com o Dorival que ele ia ficar fora contra o Guarani. Na quarta era o clássico contra o Corinthians. Na terça, saiu a convocação (para o clássico) e o nome dele (Neymar) não estava. Me ligaram, para ir na Vila, que estavam mandando o Dorival embora. Acredito que, se ele permanecesse, a gente podia ganhar a tríplice coroa”, afirmou o zagueiro.
Edu Dracena chegou ao Santos em 2009 e fez 227 jogos, com 17 gols pelo clube. Foi campeão da Libertadores, do Paulista três vezes, da Copa do Brasil e da Recopa. Por Felipe Mendonca
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