quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Apresentado no Santos, Madson cita diferenças para Victor Ferraz e fala de concorrência com Pará

Veja como foi a apresentação do segundo reforço do Peixe para a temporada de 2020

Por Globoesporte.com

Veja como foi a apresentação de Madson, no Santos

Apresentado pelo Santos na tarde desta quinta-feira, no CT Rei Pelé, o lateral-direito Madson falou sobre os primeiros dias sob o comando do técnico Jesualdo Ferreira e da concorrência com Pará por uma vaga no time titular.

O jogador também citou as diferenças de seu jogo para o jogo de Victor Ferraz, ex-capitão do Santos e negociado com o Grêmio justamente para que a vinda de Madson ao Peixe fosse possível. Na temporada passada, o jogador atuou pelo Athletico-PR, por empréstimo, sob o comando de Tiago Nunes, hoje técnico do Corinthians.

– No Furacão, Tiago Nunes me deu a chance de ir para a área nas bolas ofensivas e fiz quatro gols de cabeça. Espero que no Santos esse faro artilheiro possa prevalecer. Em relação ao Ferraz, ele é um jogador um pouco mais técnico, construção mais curta, jogava um pouco por trás da linha ofensiva, com bom passe, mas com pouca infiltração e jogadas de linha de fundo. Eu procuro dar opção na frente, ultrapassagem, atacar o espaço. Quem vai me dar o feeling é o professor Jesualdo, vai me orientar, vai dizer como quer que eu atue. Vou assimilar o mais rápido possível – disse Madson.

– O Victor foi um ídolo, é aqui no Santos ídolo, conquistou títulos, foi muito importante, era o capitão da equipe. Não me sinto mais pressionado por isso. Se fosse outro lateral contratado, teria a mesma cobrança. Vestir a camisa do Santos é um desafio grande. Venho preparado para buscar meu melhor futebol. Espero dar sequência ao bom ano passado. Venho leve, sem responsabilidade a mais. Quero fazer um bom ano para conquistar títulos.

Madson Santos — Foto: Eduardo Valim

– Pará tem uma história aqui no Santos. Já conquistou Copa do Brasil, Paulistão, tem peso no elenco. Venho com o intuito de ajudar o Santos, venho para aprender. Ele conhece a cidade, o clima, está bem ambientado. Vou procurar me entrosar o mais rápido possível. Deixo nas mãos do professor a escolha – completou o novo jogador do Peixe.

Madson também fez um balanço das próprias características.

– Creio que nesse modo que ele falou minhas características encaixam bem. Sou lateral que primeiro procuro fazer uma linha de quatro bem forte, transição em velocidade. Jesualdo vem implantando seus métodos ao longo da pré-temporada, fazendo um pouco de cada setor. Jogadores assimilando bem. Não entrou em parte tática específica, está dando chance para todos. Vamos assimilando o que ele quer para desempenhar o melhor futebol e ajudar o Santos.

Veja outros pontos da entrevista coletiva do jogador:

Ser usado em outra posição

– Em relação a jogar em outra posição, ainda não tive com ele. Mas, se for preciso, posso fazer. Cheguei a jogar já de zagueiro com o Tiago por ter impulsão e bom passe. Quando o time precisava sair um pouco de trás, marcar um atacante mais rápido. Em relação aos métodos de trabalho, a gente já esperava. Sou fissurado em ver futebol e já imaginava o que ele iria querer da equipe: intensidade, perder e pressionar, o que fazer com a posse... Vem trabalhando bem isso. É preciso assimilar rápido para colocar em prática e ajudar o Santos.

Passagens por Vasco, Grêmio e Athletico-PR

– No Vasco eu tive a situação do rebaixamento, mas tive momentos de conquista. Fomos bicampeões do Carioca, levamos o clube à Libertadores. No Grêmio, tive dificuldades na metodologia de jogo, não encaixou com o meu estilo, muita posse de bola, não transitava muito. Quando fui para o Furacão, aí sim foi um casamento quase perfeito, jogo de transição, velocidade, atacar o espaço. Aqui no Santos é um jogo bem parecido. Espero poder me adaptar o mais rápido possível.

Começo na Bahia

– Eu sou da Ilha de Itaparica. Quando eu assinei o contrato, você pensa na trajetória, nas dificuldades. Sai de casa com 10 anos para jogar no Vitória. Hoje é uma coisa que nem pode mais se alojar com 10 anos. Fiz isso porque tinha um sonho, um objetivo. Sai para vencer na vida e hoje, graças a Deus, tenho chance de estar no patamar mais alto do futebol brasileiro, camisa pesada como a do Santos. A gente dá valor hoje quando realiza. Eu me sinto feliz, contente, espero honrar e dar alegrias à torcida.

Pré-temporada no CT: faltaram amistosos?

– Eu acho que tem que ter equilíbrio. Professor Jesualdo e diretoria planejaram isso, há algum tempo atrás, sabem o que estão fazendo. Acho que não precisa necessariamente fazer jogos-treinos, aqui dentro dá para chamar o time B, realizar um treino tático. Pré-temporada está sendo bem montada. Eles sabem o que estão fazendo. Expectativa é de fazer ela bem e começar bem o campeonato.

Lesão na temporada passada

– Eu tive um lesão um pouco grave na estreia da Libertadores no ano passado, grau 3 no adutor, fiquei uns três meses parado, voltei e tive sequência. Pré-temporada serve para aprimorar todos os setores, física, técnica e tática. Cheguei bem. Tenho feito um trabalho de reequilíbrio muscular, cheguei com déficit. Espero ter condições já na estreia.

Calendário apertado

– Logicamente, não é o tempo adequado, mas estamos acostumados ao calendário. Sempre são entre 15 ou 20 dias até estrear no estadual. Para o professor, talvez seja diferente. Na Europa, eles têm tempo para fazer melhor montada a pré-temporada. Ele vem fazendo um trabalho muito bom, colocando seu jeito de jogar. Jogadores estão assimilando bem. Esperamos poder começar forte o Paulistão.

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