quarta-feira, 19 de junho de 2019

Jorge analisa início no Santos e mira retorno à seleção brasileira: "Tendência é evoluir ainda mais"

Lateral-esquerdo comenta adaptação à cidade e elogia Sampaoli: "Profissional formidável"

Por Globoesporte.com

Ivan Storti/Santos FC

Jorge foi um dos reforços de peso trazidos pelo Santos nesta temporada. E o lateral-esquerdo não demorou muito para ganhar a confiança do técnico Jorge Sampaoli, virar peça importante do elenco e se firmar como titular.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, via assessoria de imprensa, Jorge analisou seu início no Santos. O jogador de 23 anos foi contratado no fim de março e está prestes a completar três meses de clube nos próximos dias.

Eleestá emprestado ao Peixe pelo Monaco, da França, até o fim deste ano. No contrato, há a opção de compra fixada – o valor não foi divulgado.

– De bom, a sensação de perceber no dia a dia do clube o quanto estão felizes com o que eu venho entregando desde que cheguei. O que tenho a melhorar é buscar aprimorar tudo a cada dia e ser mais útil àqueles que confiaram em mim. Se hoje estou de volta ao Brasil jogando, devo isso à diretoria do clube e ao professor Sampaoli, que em nenhum momento desistiram de contar comigo – disse Jorge.

Jorge em ação pelo Santos no clássico contra o Corinthians — Foto: Ivan Storti / Santos FC

Jorge chegou ao Santos com uma bagagem do futebol europeu, já que atuou por Monaco e Porto – mesmo sem ter muito espaço – e com o aval de Sampaoli.

– Penso que ajudou pela experiência adquirida. Na Europa, fazia a função na linha de quatro. No Santos, o professor Sampaoli explora mais minha qualidade técnica e minha capacidade de fazer a diagonal e a infiltração quebrando a linha adversária – afirmou Jorge.

Recentemente, inclusive, Jorge foi bastante elogiado pelo seu xará Sampaoli:

– Quando vi Jorge aqui, eu falei que ele parece jogador de seleção. Pela sua carreira, pela qualidade. Jorge tem um extremo compromisso com a dedicação. Ele não pensa nele próprio, e toda essa qualidade ele coloca para a equipe. Esse talento é o que pede um lateral do futebol brasileiro – disse o técnico argentino, em entrevista em maio.

Durante a parada para a Copa América, os jogadores do Santos ganharam folga de 11 dias. Os trabalhos diários no CT Rei Pelé serão retomados no dia 24 de junho, exatamente três semanas antes do jogo contra o Bahia, o primeiro após o torneio de seleções, a ser realizado no dia 14 de julho, fora de casa, válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Veja a entrevista completa de Jorge:

GloboEsporte.com: Você se adaptou rapidamente ao Santos e vem se tornando peça fundamental. Como foi esse processo e como foi recebido no clube?
Jorge: – Foi tudo bem tranquilo. O grupo todo me recebeu da melhor maneira possível. Somos muito unidos. Nosso treinador deixa o vestiário com uma energia muito boa. O professor Sampaoli é um profissional formidável, que facilitou demais a minha adaptação.

Por Santos ser uma cidade litorânea, como o Rio de Janeiro, ajudou você a se sentir em casa?
– Realmente lembra muito. Também ajuda muito quando percebo o carinho das pessoas nas ruas comigo. A hospitalidade é grande.

Quando chegou, você ficou em alguns poucos jogos no banco, enquanto o Diego Pituca atuava improvisado na lateral. Achou estranho ou ficou com algum receio de alguma forma "perder" a posição?
– Não fiquei preocupado em momento algum, pois estava trabalhando forte pra recuperar minha parte física. E sabia que logo estaria em condições de ajudar o grupo, como venho fazendo, e eles me ajudando a evoluir cada vez mais.

Você acredita que, depois de todo o tempo sem atuar em partidas oficiais na Europa, já está completamente em forma física e tecnicamente?
– Sim. Estou me sentindo muito bem, à vontade. A tendência é evoluir ainda mais.

O quanto saber que você é um dos melhores da posição no futebol brasileiro ajuda no dia a dia? Aliás, você se considera um dos melhores da posição no Brasil?
– Encaro isso de forma natural. Sei das minhas responsabilidades e do grau de exigência que isso acarreta. Se me vejo entre os melhores? Prefiro deixar essa análise para os outros. O que eu procuro é estar sempre bem, no mais alto nível, para ajudar minha equipe.

Jorge em treino do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Você é um lateral bastante ofensivo, mas nos últimos jogos mostrou uma melhora de desempenho defensivamente. O quanto o Sampaoli é responsável por isso?
– Jogando na linha de quatro pelo Monaco, na Champions e pelo Francês, fui eleito o terceiro melhor, principalmente pelos meus números defensivos. O próprio GloboEsporte.com noticiou. Com o professor Sampaoli, tenho certeza de que vou evoluir não só na parte defensiva, mas também na ofensiva, pois ele tem um sistema de jogo que explora os dois estilos.

Você sempre disse que seu retorno ao futebol brasileiro era visando uma nova chance na Seleção. O quanto isso significa pra você?
– Quando joguei o Mundial Sub-20 pela Seleção e fui eleito o melhor lateral-esquerdo da competição, coloquei como objetivo ser convocado para a principal. Depois, fui eleito o melhor jogador da minha posição no Brasileiro e fui convocado pelo professor Tite para um amistoso e para dois jogos das Eliminatórias. Preciso estar bem no Santos para voltar a ser lembrado e convocado. Quero brigar por um espaço no grupo da seleção.

O Sampaoli disse que a conquista do título brasileiro é muito difícil. Qual é sua opinião sobre isso? Dá para brigar pelo título deste ano?
– Realmente, fomos eliminados com uma identidade de jogo muito boa, fazendo boas partidas. Mas, infelizmente, só passa um. Melhor pensar jogo a jogo e, lá em dezembro, analisar o que colhemos.

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