Interino do Santos afirma não entender postura do técnico do Flamengo após empate na Vila
Por Globoesporte

Serginho Chulapa, técnico interino do Santos, analisa empate com o Flamengo
O técnico interino do Santos, Serginho Chulapa, se disse surpreso com as declarações do treinador do Flamengo, Mauricio Barbieri, após o empate em 1 a 1 na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Barbieri disse ter sido ameaçado por Chulapa. O santista afirmou que não fez nada disso.
O fato é que ele acabou sendo expulso após o apito final pelo árbitro Jailson Freitas, que relatou na súmula do jogo que Chulapa chamou Barbieri de "filho da p*" e falou que o flamenguista "queria apitar o jogo". O ex-atacante deu sua versão.
– O treinador deles estava saindo, e a gente ia se cruzar, mas, quando eu cheguei perto, ele saiu correndo. Eu não sou aquele louco de antes. Ele falou que eu queria bater nele. Tá maluco? Que bater o quê?! O passado também me condena, uma desgraça isso aí – disse Chulapa, aos risos.
– O juiz me expulsou. Eu juro por Deus que não sei por quê, pela primeira vez. Depois ele me abraçou e disse "tudo de bom", eu falei "tudo de bom?" Tem que vir outro treinador, para mim não dá, não. Fazia tempo que eu não passava uma situação dessa – completou, antes de encerrar a coletiva dizendo que estava com "sede de cerveja".
Chulapa lamentou a demissão de Jair Ventura e disse que procurou, desde segunda-feira, motivar o elenco. Ele gostou do que viu em campo, apesar de o resultado de 1 a 1 não ter sido o que gostaria.
– Independente disso (a confusão com Barbieri), não tô ligando para isso, os jogadores se desempenharam ao máximo. Foram 13 chutes de cada time, foi o que me passaram, e três do Santos com chances claras de gol, isso mostra equilíbrio (...) Acho que tem de passar confiança. O importante é que o time vinha de resultado ruins, quando o Jair estava. Lamentei muito a saída dele, inclusive. Eles estavam querendo buscar o resultado positivo. O empate foi dos males o menor. É motivar, cobrar, eu fiz isso esses dias. Conversei um por um, depois junto na preleção. Acho que o time fez um bom jogo.
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Santos x Flamengo: Serginho Chulapa e Maurício Barbieri (Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes)
Veja abaixo outros tópicos da entrevista de Serginho Chulapa
Atuação do time
– É difícil você ir de ponto em ponto. É complicado. Hoje os três pontos eram importantes. Dos males o menor. Empatamos com um time que tem dois times, um jogando e um no banco. Fiquei satisfeito pela entrega. Foi um grande jogo.
Rodrygo
– Moleque de futuro praticamente garantido. Fez uma jogada, driblou três jogadores. Vem evoluindo bastante, apesar da pouca idade. Tem de dar liberdade. Hoje todo mundo marcou, tem de marcar. Entrei praticamente com o time que jogou contra o Palmeiras, vi qualidade no time, jogou muito bem com o Santos. Conversei bastante com ele também. É partir para cima, jogar aberto pelas laterais. Isso deu resultado.
Necessidade de contratar um centroavante
– O Santos hoje está em três competições, é uma coisa que tem de levar em coisa. Tem de ter um plantel grande. Temos 24 para 25 jogadores. O Jair já estava pedindo desde quando chegou. São três campeonatos dificílimos. Hoje troquei dois jogadores com cãibras. Tem de ter um plantel, quanto mais jogador vir melhor. É ter opção para outro treinador que vai chegar.
Renato no lugar de Sasha no intervalo
– Sasha teve esses dois dias de treinamento, estava sentindo a panturrilha. Me informaram que ele não tinha mais condições, foi quando eu coloquei o Renato junto com o Alisson e o Pituca para marcar o volante deles. Foi por causa disso que fiz a substituição.
Bruno Henrique
– Ele sabe que é um jogador que a gente espera muito, hoje não esteve bem. Agora com essa sequência de jogos vai voltar a ser o Bruno Henrique de antes. Pelo menos veio marcar, lutou, tem de ser assim... Não joga bem, mas tem de correr. Ele se entregou bem no jogo. Eu só espero muito dele, como todo mundo. A gente conhece, não foi esse de hoje, mas pelo menos teve uma grande entrega para ajudar na marcação.
Gabigol
– Ele não é um centroavante, ele é um meia que vem... Vocês lembram quando o Ricardo Oliveira estava aqui, ele caía pelas laterais, fazia gol toda hora. Ele está tendo essa função de centroavante. Lógico que tem hora que ele quer enfeitar muito (risos), até dei uma dura nele no jogo. Mas é um jogador que fez gol hoje, se entregou também... A entrega do time foi muito legal. Devagar vou colocando ele na linha. Fez um gol hoje, muito importante que esse gol que fez dá muita moral para ele, fazia tempo que não fazia.
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