O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Carlos Henrique de Fonseca Filho, solicitou a palavra na última reunião, que ocorreu nesta segunda-feira e teve a aprovação das contas de 2013, para pedir a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira. O dirigente se mostrou inconformado com a folga de 15 dias do elenco santista, que começa um dia após o jogo contra o Criciúma, no dia 1º de junho, no estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo, no último duelo antes da parada da Copa do Mundo.
"Vim aqui (ao púlpito) como torcedor santista, para falar de futebol. Não dá mais para aguentar o Oswaldo de Oliveira, precisamos de outro treinador. É inadmissível a folga de 15 dias que os jogadores terão. Precisamos falar para o Oswaldo usar o tempo (da paralisação para a Copa do Mundo) e dar padrão aos nossos jovens. É muito nítido que não vem fazendo isso. Discordo sobre as contratações, o Santos tem profissionais competentes para se fazer. A gente não tem mais visto jogadores com a nossa identidade, isso não tem ocorrido. Precisamos saber com quem vamos até o final, temos que ter jogadores comprometidos, que vão até o fim do Brasileiro", afirmou o dirigente.
O presidente do Santos, Odílio Rodrigues, entendeu as críticas e acredita que Oswaldo ficou marcado por perder o título paulista para o modesto Ituano em dois jogos finais no Pacaembu.
"Temos que respeitar as críticas, isso é muito comum, muito frequente no Brasil, quando você não pega resultados seguidos a primeira coisa que se faz é pedir a cabeça do técnico. As pessoas têm direito a falar, a discordar, mas lembramos que o Oswaldo fez uma boa campanha no Paulista, acho que ficou a marca de ter perdido a final para o Ituano, também perdemos o jogo agora para o Atlético-MG. Acredito que a colocação que o Santos se encontra, o futebol que vem apresentando de uns tempos para cá não é o esperado, então é natural que se questione o técnico, vemos com naturalidade isso", disse.
O presidente santista também explicou o motivo da folga de 15 dias e alegou que uma decisão conjunta com os departamentos de fisiologia e médico para evitar lesões musculares na sequência da temporada.
"Tivemos um excessivo numero de lesões musculares, temos observado jogadores que vem sendo monitorados com níveis elevados de CK (exame que indica o nível de desgaste muscular dos atletas). Então há uma ideia comum de fisiologia, departamento médico, de tirar 10 a 15 dias de folga, você volta, foca no preparo físico e diminui um pouco a solicitação muscular dos jogadores, estamos preocupados com isso, o fato de jogar quarta e domingo", justificou Odílio.
Nos últimos dez dias, o Santos perdeu a dupla titular do ataque por causa de lesões. Leandro Damião está com uma inflamação no púbis e deve desfalcar o time nos próximos dois meses, enquanto Thiago Ribeiro sofreu um estiramento ligamentar, sem ruptura, no joelho esquerdo, e deve voltar aos gramados somente após a Copa do Mundo.
A diretoria santista espera manter Oswaldo de Oliveira no cargo. Desde que chegou ao clube, o treinador comandou o Santos em 28 jogos. Foram 18 vitórias, sete empates e três derrotas. Após a perda do título para o Ituano, Oswaldo encarou oito jogos, com quatro vitórias, três empates e uma derrota.
Uol Esporte
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