Santos pediu reforço policial para realização de encontro após últimas ameaças ao presidente Odílio Rodrigues. Peixe já contratou escritório para tratar da polêmica
O Comitê de Gestão e o Conselho Fiscal do Santos discutem o caso Neymar nesta quarta-feira à noite, na primeira reunião do Conselho Deliberativo no ano. O encontro tem caráter extraordinário e foi marcado após o pai empresário do astro, Neymar da Silva Santos, revelar ter recebido uma comissão de € 40 milhões (R$ 132 milhões) pela negociação e o atleta apresentar um documento, assinado em 2011 pelo presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro (atualmente licenciado), autorizando a transferência.
A convocação da reunião foi feita na última sexta-feira. No encontro, os membros do Comitê de Gestão vão dar o posicionamento do clube sobre as negociações entre Barcelona e N&N Consultoria Esportiva e Empresarial, empresa que tem como sócios o pai e a mãe de Neymar e que recebeu a comissão pela transferência. Já o Conselho Fiscal fará um comunicado aos demais conselheiros.
Devido à última ameaça do "Movimento Popular Acorda Santista" ao presidente Odílio Rodrigues, a diretoria do Peixe solicitou à Polícia Militar reforço na segurança na Vila Belmiro, onde será realizada a reunião. O grupo exigiu que o mandatário renuncie até segunda-feira, quando ocorre a primeira reunião ordinária do Conselho Deliberativo - caso contrário, Odílio entregaria a carta de renúncia "no leito da Santa Casa".
O Santos já contratou um escritório especializado em justiça desportiva para cuidar do caso. O clube acredita que, mesmo com a carta assinada em 2011, o Barcelona possa ter aliciado o camisa 10 da seleção brasileira. Advogados do Peixe e da DIS (que detinha 40% dos direitos econômicos de Neymar) acreditam que a disputa só deve chegar ao fim após a Copa do Mundo. O Alvinegro, porém, acionou as empresas do pai do craque atrás dos contratos e documentos referentes à negociação entre elas e o Barça.
A compra dos direitos desportivos de Neymar custou € 17,1 milhões (R$ 54 milhões, na cotação atual) ao Barcelona, apesar de a negociação como um todo, de acordo com o clube catalão, ter saído por R$ 284,5 milhões. O Santos ficou com 55% da transferência propriamente dita (cerca de R$ 29,7 milhões) e repassou os 45% restantes à DIS e à Teisa (5%). A investigação sobre a venda do atacante é pedida pelos quatro principais grupos políticos do clube.
Globoesporte.com
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