domingo, 25 de agosto de 2013

Luto no futebol: ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves morre aos 83 anos


Bicampeão mundial estava internado desde segunda-feira em São Paulo. Brasil também perde o ex-lateral De Sordi, da campanha de 1958

Um dia após a morte do ex-lateral De Sordi, o Brasil perdeu outro campeão mundial. O ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves, titular nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962 e ídolo de Santos e Corinthians, faleceu neste domingo, aos 83 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde a última segunda-feira, quando sofreu um infarto.

Gylmar se recuperava de um AVC (acidente vascular cerebral) sofrido em 2000. Desde então, o ex-atleta, apesar de lúcido, não andava e se comunicava com dificuldade. O corpo do ex-goleiro será velado a partir das 6h no cemitério do Morumbi, onde será sepultado, às 15h.

Considerado por muitos o maior goleiro do futebol brasileiro, Gylmar iniciou sua carreira profissional no Jabaquara, de Santos, mas em pouco tempo acabou se mudando para a capital, onde defendeu as cores do Corinthians entre os anos de 1951 e 1961. 

Em alta no Parque São Jorge, Gylmar retornou para a Baixada Santista em 1962, quando acertou com o Santos e fez parte da equipe que encantou o mundo ao lado de Pelé e companhia.

Pelo Peixe, foi titular e peça importante no bicampeonato da Libertadores e do Mundial Interclubes, nos anos de 1962 e 1963. Além destes títulos, o ex-goleiro venceu também o Campeonato Paulista (1962, 1964, 1965, 1967 e 1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968), a Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), o Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1966) e a Recopa dos Campeões Mundiais (1968).

Na Seleção, foram 104 jogos, com 73 vitórias, 15 empates, 16 derrotas e 104 gols sofridos. Além das duas Copas do Mundo, Gylmar conquistou ainda a Taça Bernardo O'Higgins (1955, 1959, 1961), a Taça Oswaldo Cruz (1955, 1958, 1961, 1962, 1968), a Taça do Atlântico (1956, 1960) e a Copa Rocca (1957, 1960, 1963).

- O futebol brasileiro está de luto. Depois do De Sordi, agora o Gylmar, jogadores que fizeram que os torcedores brasileiros sentissem orgulho. Meus pêsames, em nome dos diretores e funcionários da CBF, à família deste que foi um dos maiores goleiros do Brasil de todos os tempos. Além de um grande goleiro, foi um ídolo mundial, um exemplo de jogador e cidadão. A seleção brasileira, que ele tão bem representou, jogará de luto no dia 7 de setembro contra a Austrália - afirmou o presidente da CBF, José Maria Marin, ao site da entidade.

Globoesporte.com

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