Apesar de fechar a contratação do meia Montillo na última quinta-feira, o Santos não desistiu da ideia de repatriar o atacante Robinho. Os dirigentes santistas mantiveram contatos por telefone com os representantes do clube italiano e, inclusive, marcaram uma reunião considerada decisiva entre eles para os próximos dias.
Nesta sexta-feira, em contato com a cúpula do Milan, os dirigentes santistas acenaram pela primeira vez com a possibilidade de pagar os 10 milhões de euros (R$ 27,7 milhões) exigidos pelo clube italiano na transação. O interesse do Atlético-MG em contratar Robinho foi um dos motivos que fez o Comitê Gestor ignorar o orçamento do clube para repatriar o ídolo.
Sem dinheiro em caixa, o Santos estuda pagar o valor parcelado. A estratégia já seria utilizada para trazer Montillo, no entanto, o clube contou com a ajuda do banco BMG para pagar os 6 milhões de euros (R$ 16,4 milhões) ao Cruzeiro à vista.
Apesar da disposição da diretoria santista em pagar o valor pedido pelo Milan, a transação segue indefinida. Além de aguardar uma posição dos italianos em relação ao número de parcelas para o pagamento do montante, o Santos precisa definir a questão salarial com Robinho.
O UOL Esporte revelou no final do ano passado que o atacante não abre mão de receber R$ 1,1 milhão de salários, limpos de taxas e encargos trabalhistas, o que representa uma despesa bruta de R$ 1,8 milhão mensais ao clube. A diretoria santista quer pagar no máximo R$ 900 mil e tenta convencer o jogador sobre o ordenado liquido.
Atualmente, Robinho recebe do Milan pouco mais de R$ 1 milhão de salário em uma conta bancária no Brasil, já com os impostos descontados da Europa.
Por dentro das negociações, o técnico Muricy Ramalho mandou um recado para Robinho. O treinador ressaltou que o atleta precisa abrir mão de “algumas coisas” se pretende voltar ao futebol brasileiro com a intenção de disputar a Copa do Mundo de 2014 no país.
“Muitos voltam da Europa de olho na seleção. O jogador acha que pode voltar para defender a seleção e, para voltar, tem que abrir mão de algumas coisas. O clube não contrata algum jogador porque é realmente impossível, o nível de salário é altíssimo”, afirmou Muricy, que deixou claro que o sonho em repatriar Robinho não acabou após a chegada de Montillo.
“É o nosso sonho desde o fim da temporada, só que realmente sabemos que quando se fala em dinheiro é algo alto, além do passe (direitos econômicos) tem o salário. Quando o jogador tem vontade de jogar em seu país facilita um pouco. Percebemos isso do Robinho, e enquanto tiver isso teremos esperança. Mas é algo muito difícil pelo preço e pelo salário”, completou.
Uol Esporte
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