Jogadores do Santos não gostaram de ter corte de 70% dos salários sem a aprovação deles (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
Assunto do momento no Santos, a polêmica redução salarial de 70% foi comentada na noite desta segunda-feira pelo advogado do Santos, Pedro Felipe, no programa Bola do Jogo, na Rádio Ômega. Segundo a defesa, o clube tomou a decisão, mas esse fato não é algo imposto e nem definitivo.
“Essa discussão (redução) vem desde o início do mês de maio. Como ela está perdurando, para não deixar de cumprir a folha desse mês, usou a mesma regra que teve para os funcionários. Isso não é definitivo, não está sendo imposto nada. O que foi feito foi resolver a situação nesse momento”, explicou Pedro Felipe, que garantiu que o clube irá informar o sindicato assim que houver um acordo com os atletas.
“Com certeza o clube vai entrar em contato com o sindicato, mas primeiro precisa chegar em acordo com os jogadores. Após essas tratativas, tudo será formalizado, via acordo coletivo, envolvendo o sindicato”.
O presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo (SAPESP), Rinaldo Martorelli, também participou do programa e demonstrou toda sua preocupação com a atitude tomada pelo Santos. O dirigente sugeriu ao clube o prosseguimento das conversas com os atletas.
“Se o Santos conseguir mostrar que a situação financeira leva a isso, tenho certeza que os atletas vão entender. Não acredito que os jogadores vão entrar na justiça para sair, mas o Santos está sujeito a isso. Se procurarem o Sindicato, sou obrigado a entrar como uma ação coletiva”, explicou Martorelli, que fez questão de defender os atletas.
“Falar do bolso do outro é muito fácil, eu não sou capaz de analisar o bolso de ninguém. Tem atletas, com salário de R$ 100 mil, que às vezes estão com tudo comprometido, com família”, concluiu. Por Felipe Mendonça
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