sábado, 23 de fevereiro de 2019

Sampaoli se anima com valentia do Santos, elogia Éverson, mas banca Vanderlei contra o River

Técnico diz que Peixe conseguiu manter sua ideia de jogo mesmo com as muitas mudanças

Por Globoesporte.com


Jorge Sampaoli gostou da "valentia" dos jogadores do Santos no empate sem gols com o Palmeiras, fora de casa, na noite deste sábado, em jogo válido pela oitava rodada do Paulistão. Com um time cheio de mudanças, viu os substitutos manterem o nível e a ideia de jogo do time completo.

– Os jogadores nunca sentiram o cenário, não sofreram com a torcida, nem com os jogadores do Palmeiras, que são muito bons, são os campeões brasileiros. Jogadores muito jovens, que tiveram a valentia de sempre sair jogando com a bola no chão. Isso nos dá ânimo para o futuro (...) O mais importante, jogando melhor ou pior, é que tenhamos sempre a mesma ideia de jogar – declarou.

De olho no jogo da volta contra o River Plate do Uruguai, terça-feira, no Pacaembu, pela primeira fase da Sul-Americana, a comissão técnica poupou quatro titulares: Vanderlei, Victor Ferraz, Carlos Sánchez e Jean Mota (além de Alison, suspenso no Paulistão). Sánchez e Mota entraram no jogo.

Apesar da grande atuação do goleiro Éverson, considerado por muitos o melhor em campo, será Vanderlei o titular no duelo sul-americano.

– Era uma partida importante para Éverson demonstrar seu potencial, mostrar que está pronto. Na terça-feira vai jogar Vanderlei. É bom saber que Éverson também tem nível para estar no time.

Com o empate, o Peixe chegou a 19 pontos, seguindo na liderança do Grupo A. Na nona rodada, no próximo sábado, dia 2 de março, recebe o Oeste no Pacaembu. Antes, na terça-feira, o confronto é com o River Plate-URU, no jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana – a ida foi 0 a 0.
Jorge Sampaoli na Arena do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Veja mais trechos da coletiva mais abaixo:

Impressões após três clássicos

– São times que têm grande poderio, que vem armados desde a temporada passada. Nós estamos num processo novo, tentando inculcar (gravar) uma ideia de controlar os jogos, ter sempre a bola. Os três grandes de São Paulo têm muito bom contra-ataque. No primeiro tempo tivemos o controle do jogo e não sofremos. No segundo, não tivemos controle e ficamos expostos à velocidade que tem o Palmeiras. O grande desafio do Santos é ver como controlar o jogo por mais tempo.

Amadurecimento do Santos

– Era difícil para mim, porque teria que implantar uma ideia num time que perdeu muitos jogadores. E por sorte hoje estamos num bom caminho, com a ilusão de seguir crescendo, melhorar, chegar aos jogos importantes e no Brasileirão com uma ideia estabelecida.

Reencontro com Felipão (foram rivais na Copa de 2014)

– O encontro com um técnico tão grande como Scolari é um prazer. Enfrentar alguém que ganhou tantos títulos é importante.

Boa atuação de Jean Lucas

– Jean Lucas jogou uma boa partida. Mesmo com pouca experiência jogou bem num palco muito grande. Esta à altura de poder jogar neste time.

Rivais apostam em contra-ataques

– Os times jogam no contra-ataque porque ganham partidas desta forma. Eu penso sempre no gol do rival, seja quem for o rival. O Santos não tem essa característica de se defender. São Paulo, Corinthians e Palmeiras têm transições mais rápidas, que também são eficientes. São ideologias, maneiras de jogar, é preciso respeitar todas.

Escalação

– A ideia era confundir o Palmeiras na saída, por isso colocamos o Yuri como central junto da defesa para sair com três, com Copete e Matheus Ribeiro ficando com os laterais do Palmeiras. A ideia era liberar um pouco Cueva, e conseguir a superioridade numérica em todos os setores para ter o controle do jogo.

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