Apresentado como novo reforço do São Caetano na tarde desta quinta-feira,
Fábio Costa provavelmente encerrou sua história como jogador do Santos.
Campeão
brasileiro de 2002 e bi do Paulista em 2006 e 2007, o goleiro treinava afastado
do grupo principal desde o início de 2011, tendo recusado duas possibilidades de
empréstimo antes de acertar com o Azulão até dezembro de 2013 - justamente
quando se encerra seu contrato junto ao Peixe.
A relação de amizade que mantinha com o ex-presidente santista Marcelo
Teixeira fez com que o experiente goleiro não fizesse parte dos planos de Luís
Alvaro de Oliveira Ribeiro. Com contrato longo e multa alta, a rescisão
unilateral de contrato não passou pela cabeça de nenhuma das partes, que só se
resolveram nesta semana. O Santos seguirá bancando cerca de 70% dos altos
salários de Fábio Costa, enquanto o Azulão se responsabiliza pela outra
parcela.
"Falaram que eu não quis sair do Santos mesmo afastado, que eu não tinha
humildade para defender outro clube, mas na verdade só pedi que fosse alguma
coisa boa para as duas partes, não só para mim e nem só para o Santos. Deus
preparou esse momento, essa oportunidade. Faço questão de agradecer a diretoria
pela chance de retornar às atividades no futebol e principalmente ter a alegria
de volta", disse o goleiro, apresentado ao novo clube para substituir o
lesionado Luiz, que só volta em seis meses.
Sem jogar desde o dia 23 de setembro
de 2010, quando o Atlético-MG, clube para o qual estava emprestado, levou 5 a 1
do Fluminense, Fábio Costa alega ter vivido momentos de descaso no seu retorno
ao Santos. No CT Rei Pelé, o goleiro não tinha como treinar diariamente para se
manter em forma e foi relegado praticamente a uma condição de "clandestino", sob
contrato, mas sem a menor perspectiva de utilização.
"Não tenho porque guardar mágoa de ninguém. Minha mãe falava que a vida é
feita de escolhas, e elas são inerentes às pessoas. A prerrogativa de me
utilizar era da diretoria que entrou e não quis trabalhar comigo. Eu não posso
falar nada deles, mas eles também não podem falar nada a meu respeito. Eles
simplesmente não trabalharam comigo. E não tenho raiva, porque o Santos sempre
foi muito bom para mim e está acima das pessoas que o comandam", disse o goleiro
com passagens por Vitória, Cruzeiro, Santos, Corinthians e
Atlético-MG.
Gazeta Esportiva
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