quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Fábio Costa reclama de descaso do Santos, mas não traz mágoas


Apresentado como novo reforço do São Caetano na tarde desta quinta-feira, Fábio Costa provavelmente encerrou sua história como jogador do Santos. 

Campeão brasileiro de 2002 e bi do Paulista em 2006 e 2007, o goleiro treinava afastado do grupo principal desde o início de 2011, tendo recusado duas possibilidades de empréstimo antes de acertar com o Azulão até dezembro de 2013 - justamente quando se encerra seu contrato junto ao Peixe.

A relação de amizade que mantinha com o ex-presidente santista Marcelo Teixeira fez com que o experiente goleiro não fizesse parte dos planos de Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro. Com contrato longo e multa alta, a rescisão unilateral de contrato não passou pela cabeça de nenhuma das partes, que só se resolveram nesta semana. O Santos seguirá bancando cerca de 70% dos altos salários de Fábio Costa, enquanto o Azulão se responsabiliza pela outra parcela.

"Falaram que eu não quis sair do Santos mesmo afastado, que eu não tinha humildade para defender outro clube, mas na verdade só pedi que fosse alguma coisa boa para as duas partes, não só para mim e nem só para o Santos. Deus preparou esse momento, essa oportunidade. Faço questão de agradecer a diretoria pela chance de retornar às atividades no futebol e principalmente ter a alegria de volta", disse o goleiro, apresentado ao novo clube para substituir o lesionado Luiz, que só volta em seis meses.

Sem jogar desde o dia 23 de setembro de 2010, quando o Atlético-MG, clube para o qual estava emprestado, levou 5 a 1 do Fluminense, Fábio Costa alega ter vivido momentos de descaso no seu retorno ao Santos. No CT Rei Pelé, o goleiro não tinha como treinar diariamente para se manter em forma e foi relegado praticamente a uma condição de "clandestino", sob contrato, mas sem a menor perspectiva de utilização.

"Não tenho porque guardar mágoa de ninguém. Minha mãe falava que a vida é feita de escolhas, e elas são inerentes às pessoas. A prerrogativa de me utilizar era da diretoria que entrou e não quis trabalhar comigo. Eu não posso falar nada deles, mas eles também não podem falar nada a meu respeito. Eles simplesmente não trabalharam comigo. E não tenho raiva, porque o Santos sempre foi muito bom para mim e está acima das pessoas que o comandam", disse o goleiro com passagens por Vitória, Cruzeiro, Santos, Corinthians e Atlético-MG.

Gazeta Esportiva

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