Muricy se mostra pessimista sobre contratações de Diego e Robinho

Técnico do Santos cita condições financeiras complicadas para falar da dificuldade para contar com os ídolos. Clube trabalha em outras frentes

O técnico Muricy Ramalho, do Santos, jogou um balde de água fria nas pretensões da torcida de contar com a dupla de ídolos Diego, do Wolfsburg, da Alemanha, e Robinho, do Milan, da Itália. Questionado se o Rei das Pedaladas é o principal nome que ele espera para reforçar o elenco em 2013, o comandante mostrou pessimismo e ainda falou do camisa 10.

- É um jogador que tínhamos interesse de contratar, assim como o Diego, mas não há as mínimas condições financeiras. Estamos trabalhando em outras frentes também, não são só esses jogadores - afirmou o treinador, em tom de desânimo.

Questionado novamente sobre se o protagonista do título Brasileiro de 2002 estaria fora dos planos da diretoria e descartado, o treinador se irritou.

- Estão com a impressão errada. Alguém ouviu eu falar que ele está descartado? - emendou.

O presidente Luis Alvaro Ribeiro considera o retorno de Robinho como prioridade para a próxima temporada. No fim de setembro, Laor, como o dirigente é conhecido, foi até Milão para conversar com o atleta e dirigentes do clube italiano.

O caso de Diego é ainda mais complicado. O Peixe tinha intenção de trazê-lo por empréstimo, mas o Wolfsburg só quer vendê-lo. Além disso, o técnico Felix Magath, desafeto do jogador, foi demitido do clube, o que dificulta ainda mais sua saída. Para completar, o Atlético de Madri, da Espanha, também tem interesse na contratação.

Apesar de Muricy citar a dificuldade financeira, a promessa da diretoria é de usar os R$ 23,9 milhões da venda de Paulo Henrique Ganso para o São Paulo em contratações. Um dos meias que o Alvinegro observa é Diego Souza, do Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Sem receber salários, o jogador, que já trabalhou com o treinador no Palmeiras em 2009, tenta se desvincular do clube para voltar ao Brasil. Caso se trate de um negócio de oportunidade, o nome, que é aprovado pelo comandante, mas ainda enfrenta rejeição no Comitê de Gestão, pode chegar.

- Quando ele está bem fisicamente, faz a diferença, porque é muito forte. Ele tem um problema sério na Arábia e não sei como os jogadores insistem em ir para alguns lugares. Até falar que vai trazer é difícil, pelo enrosco que tem. O preço não é fácil e tudo é muito difícil, mas são jogadores desse nível que estamos buscando: diferenciados - finalizou.

Outros jogadores já confirmados pela diretoria são Nenê, do Paris Saint-Germain, da França, e Renato Augusto, do Bayer Leverkusen, da Alemanha.

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