Prestes a completar 100 jogos pelo Santos (ele atingirá a marca domingo, contra o Grêmio, na Vila Belmiro, 30ª rodada do Brasileiro), o goleiro Rafael, de apenas 21 anos, já tem um currículo invejável: como titular, conquistou a Copa do Brasil, em 2010, o Paulistão e a Taça Libertadores, em 2011.
Por isso, se sente incomodado com a falta de perspectiva de ser também campeão brasileiro neste ano. Está "mal acostumado".Por priorizar a competição continental, o Santos utilizou reservas nas primeiras rodadas do Brasileiro. Acabou marcando passo e, hoje, só tem chances matemáticas de conquistar o título.
A equação é complexa. O Peixe está em 11º lugar, com 38 pontos, 13 atrás do Corinthians, que lidera a competição com 51. O Alvinegro Praiano tem 11 jogos a cumprir. Teria de tirar mais de um ponto de diferença (1,18) por rodada.
"Eu me sinto muito incomodado. Como disse o Edu (Dracena, capitão do time) outro dia: nós não estamos acostumados a perder. É difícil ficar brigando ali na nona, décima, décima primeira posição depois de tudo o que conquistamos nos últimos anos" lamenta o mais jovem goleiro da história a conquistar a Libertadores.Rafael não tem dúvidas de que se o Santos tivesse mantido o foco no Campeonato Brasileiro desde o início, estaria brigando pelo título.
"Nosso time é muito forte. Se tivéssemos mantido a concentração, estaríamos lá em cima. Tivemos de fazer uma escolha. Foi importante, pois conquistamos um título que todos querem, que é a Libertadores. Mas tínhamos potencial para conseguir também o Brasileiro".
O único time brasileiro a conquistar, numa mesma temporada, o campeonato nacional e a Taça Libertadores foi o próprio Santos. Em 1962 e 63, a equipe, que tinha Pelé, foi bicampeã continental e da Taça Brasil (considerada o Brasileirão da época).
A Tribuna
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