domingo, 10 de outubro de 2010

Embalado, Peixe deixa Furacão para trás e segue sonhando com o título


Santos vence Atlético-PR por 2 a 0 na Vila Belmiro, fica em quarto lugar, e torce por tropeços de concorrentes. Furacão cai para o sexto


O Atlético-PR não conseguiu brecar o embalo do Santos. Após atropelar o líder Fluminense na última quarta-feira, vencendo por 3 a 0, no Rio, o Peixe bateu mais um concorrente direto na briga pelo título do Brasileirão. Fez 2 a 0 no Furacão, neste sábado à noite, na Vila Belmiro, pela 29ª rodada da competição, e manteve vivo o sonho da Tríplice Coroa (veja o vídeo com os gols da partida). A diferença para o time carioca caiu momentaneamente para sete pontos (52 a 45). O time santista, que subiu para o quarto lugar, tem um jogo a mais para cumprir que o rival das Laranjeiras. Já o Atlético cai para o sexto, com 43.


Os dois times entraram em campo sonhando encostar nos ponteiros do Brasileirão, mas tiveram dificuldades para criar jogadas. O Santos dependia de algum lampejo de Neymar, que até criou jogadas interessantes, como no lance em que tabelou com Alex Sandro, recebeu na frente, passou no meio de dois zagueiros com rapidez estonteante e chutou. João Carlos defendeu com o pé esquerdo, aos 27 minutos. O problema do Peixe é que os outros jogadores não acompanhavam o camisa 11. Alan Patrick não acertou nenhum passe na primeira etapa.



Zé Eduardo ficou mais preocupado em reclamar da arbitragem do que em jogar futebol. Ele deixou o gramado, no intervalo, reclamando que foi derrubado por Paulinho na área aos dez minutos de jogo. O juiz ignorou.


Pelo lado do Furacão, jogadas de perigo só quando Branquinho aparecia. O meia, muito liso, conseguiu levar vantagem sobre a marcação na maioria dos lances. Só que, assim como Neymar, Branquinho não tinha com quem jogar. Ivan Gonzalez não conseguia concluir as jogadas e Nieto apresentava sérios problemas de relacionamento com a bola.



Nem as jogadas de falta, que costumam ser armas importantes, sempre com as batidas precisas de Paulo Bayer, saíram com correção. Dessa forma, restou a Branquinho tentar resolver sozinho, principalmente em chutes de fora, como aos 26 minutos, quando ele quase surpreendeu o goleiro Rafael.O Santos começou melhor o segundo tempo. Teve mais a posse, cercou o Atlético-PR, mas começou a bater no paredão rubro-negro.



A equipe paranaense se segurava bem lá atrás, brecando as investidas santistas. Aos 16 minutos, o técnico do Peixe, Marcelo Martelotte, resolveu mexer na equipe. Ele já havia tirado Danilo no primeiro tempo, por problema médico. Agora, era uma questão tática. Maranhão entrou no lugar de Pará. A esperança do treinador era tornar as saídas pelo lado direito mais velozes, uma tentativa de surpreender a boa defesa adversária. O que talvez Martelotte não esperasse era que a mudança desse resultado tão rápido.



Em seu primeiro lance, aos 17, Maranhão arrancou pela direita, tabelou com Neymar, recebeu na frente e chutou cruzado, abrindo o placar. A bola ainda bateu na trave antes de morrer na rede. O gol deixou o Atlético atordoado. Quando ainda tentava entender o que estava acontecendo, o Furacão levou o segundo, aos 20. Neymar recebeu de Maranhão e partiu em velocidade pela direita. O camisa 11 invadiu a área e foi derrubado por Paulinho. Pênalti, que Zé Eduardo bateu e converteu.


Após levar o segundo gol, o Atlético parou. Não chegou mais perto do gol do Santos, que passou a gastar o tempo, segurando o resultado.


O Santos volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenterá o Internacional, mais um confronto direto, às 22h, na Vila Belmiro. Trata-se de um jogo atrasado da 13ª rodada, adiado a pedido do Colorado. Já o Furacão, pela 30ª rodada, recebe o Goiás, sábado, às 18h30m, na Arena da Baixada.



Globoesporte.com

Foto: AE

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