Neymar foi o grande personagem do futebol brasileiro na última semana. Uma punição ao camisa 11 acabou custando o emprego do técnico Dorival Júnior e levantou discussões em torno do poder do atleta, das atitudes demonstradas em campo, da falta de amadurecimento, do deslumbramento... O jogador, no entanto, parece ter aprendido rápido a lição, já que tem demonstrado uma atitude melhor em campo e voltado a ser decisivo a favor do seu time.
Nas duas últimas partidas, Neymar marcou um gol em cada. Mais importante que o lado artilheiro, que já era conhecido desde o início da temporada, o camisa 11 do Santos tem mostrado que aprendeu a ser “caçado” em campo e, o mais importante, sem reclamar ou revidar, como vinha fazendo há poucas semanas.
“O Neymar já foi castigado de várias maneiras, mas agora ele colocou a cabeça no lugar e está mais focado no jogo. Quando ele consegue fazer isso, acaba ficando mais fácil”, elogiou o técnico Marcelo Martelotte.
O ápice do destempero de Neymar com um adversário aconteceu contra o Ceará, quando o jogador santista cansou de sofrer faltas de João Marcos e, além de revidar com um pisão, acabou chamando o adversário para a briga após a partida.
Essa atitude mais calma demonstrada por Neymar nos últimos jogos não aconteceu porque os adversários pararam de fazer faltas no atleta. Segundo o Datafolha, o camisa 11 foi alvo de sete das 19 infrações cometidas pelo Cruzeiro durante a partida do último sábado, sendo que a média do atacante é de 4,5 por partida.
Contra o Corinthians, na última quarta-feira, o camisa 11 do Santos já havia sido, novamente, o alvo preferido das faltas adversárias, sofrendo cinco das 17 cometidas pelo time do técnico Adilson Batista.
“O importante é que o Neymar entendeu que precisava mudar o seu comportamento. Diante do Corinthians e agora em Barueri, ele se preocupou apenas em jogar futebol, mesmo sofrendo faltas, não revidou, nem reclamou”, completou o treinador alvinegro.
Uol Esporte
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