terça-feira, 28 de abril de 2009

Messias dá dicas para a virada do Peixe

Em 95, Giovanni comandou uma virada épica pelo Santos. Agora, ele aponta o caminho para o título
Giovanni e o time do Santos de 1995 são um dos grandes exemplos que podem ser utilizados por Vagner Mancini para mostrar aos jogadores que reverter a vantagem corintiana não é impossível.

Naquele ano, comandado pelo meia, o Peixe conseguiu uma das viradas mais épicas de toda sua história. Após perder o primeiro jogo da semifinal do Brasileirão por 4 a 1 para o Fluminense, no Rio, conseguiu vencer o segundo duelo por 5 a 2 e foi para a final.

Ao LANCENET!, por telefone, Giovanni relembrou a virada e deu a receita para que a equipe santista repita a façanha de 1995.

Como foi a semifinal de 1995? Relembre um pouco para nós...Havíamos perdido a primeira partida por 4 a 1, no Rio. Nossa equipe sempre acreditou que poderia reverter o placar no segundo jogo. Acho que esse foi o grande segredo. Nem por um momento achamos que poderíamos perder o jogo para o Fluminense.

Pela vantagem no primeiro jogo, é praticamente impossível dizer que vocês acreditavam 100% na conquista da vaga...Verdade. Mas, como eu te disse, parecia que o jogo (derrota por 4 a 1) tinha terminado empatado ou que havíamos perdido apenas por um gol. Ninguém ficou triste ou cabisbaixo. Eu não sei por que também. O pessoal confiava. Sabíamos que tínhamos feito um bom campeonato e que não poderia terminar ali.

Como foi a semana que antecedeu o jogo da virada?Foi uma semana normal, com todo mundo contente, brincando um com o outro. A gente sempre conversava e dizia que dava para reverter. Nenhum atleta discordava. Ninguém nunca duvidou. Quando você fala que não sabe se dá, que ficou difícil, realmente complica. Eu, particularmente, não vi ninguém conversar isso.

Precisando vencer por três gols, que programação vocês fizeram para a partida?Conversamos que teríamos de fazer os três gols, e que o nosso objetivo era de fazer pelo menos dois gols ainda no primeiro tempo. Traçamos que se conseguissemos sair com essa vantagem, a virada viria durante o segundo tempo.

E como se desenrolou o jogo?Entramos com esse objetivo e fomos para cima. Tínhamos de arriscar mais, claro. Pressionamos e não deixamos os caras saírem com a bola. Em uma situação dessas, você não tem nada a perder.

A situação enfrentada pelo Santos agora na decisão é muito parecida com a de vocês...Eu acho que é um pouco diferente, pois são dois clubes do mesmo Estado. No nosso caso, eram estilos diferentes, paulistas contra cariocas. Mas isso nada impede que o Santos possa reverter a vantagem. Futebol tem 90 minutos e se você fizer um gol no primeiro tempo pode voltar mais aceso para o segundo. Tem jogos que as equipes fazem até três gols com menos da metade do jogo rolando.

Em quem do elenco você apostaria para ser o Giovanni de 95, contra o Flu, na decisão do Paulistão? Paulo Henrique?Eu costumo dizer que quem decide uma final nunca é o maior craque do time. As pessoas sempre apostam no craque e, geralmente, quem brilha é o cara que nunca faz gol, que não é o destaque. Eu não tenho preferência. O Paulo Henrique pode decidir. Está crescendo a cada jogo, assim como o Neymar.

Qual é a receita para o Peixe virar e conseguir ficar com o título?O Santos tem de ir para cima desde o início. Tem de pressionar, não tomar gol e fazer um logo no começo do jogo. Isso dá mais ânimo, e o time passa a depender apenas de mais dois gols. É possível!

O jogo contra o Fluminense foi a mais especial de sua carreira?Foi a partida que mais me emocionou. As pessoas sempre lembram disso, me param na rua e relembram aqueles momentos. Ficará marcado na minha carreira.
Lancepress!

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