segunda-feira, 4 de abril de 2016

Presidente do Santos diz que não pretende tentar reeleição

Modesto Roma Jr. salienta a necessidade de experiência no ambiente do clube para o futuro presidente

O presidente Modesto Roma Júnior está ainda mais observador. E não somente por ele ter aumentado o número de jogos assistidos durante a semana pela TV (de todas as divisões e muitos países) e ou no estádio (os do próprio Santos) para encontrar chance de contratação.

Os olhos do dirigente estão mesmo ávidos para a busca de um sucessor em sua cadeira no clube. É algo que o tem preocupado bastante. A eleição será em dezembro de 2017, o mandato está quase na metade e Modesto ressaltou que não pretende se candidatar à reeleição, tal como vem dizendo há tempos.

“Acho que, modéstia à parte, estou fazendo um bom mandato. Estou satisfeito com os resultados. Prefiro sair em alta do que em baixa. Mas quero ter a responsabilidade de fazer um bom sucessor”, afirma o presidente santista. “É algo que eu preciso procurar desde já porque não é fácil achar um. Tenho as minhas preferências, mas ainda são muito preliminares”, emenda.

Andres Enrique Rueda Garcia, um dos integrantes do Comitê de Gestão, foi cogitado com grande força em fevereiro, durante reunião. Modesto, porém, não citou quaisquer nomes. “Sempre penso (sobre ser sucessor, quando alguém se aproxima), mas acho que ainda é cedo. Precisamos achar e não podemos divulgar. Temos que dar o tempo para amadurecer essa decisão”, afirma.

Se Modesto fosse criar um anúncio para publicar em um jornal ou em um site para procurar um sucessor, as características estavam escolhidas. “Que seja santista, que pense no clube em primeiro lugar e tenha vivência no clube. Enfim, acho que tem que ser alguém meio louco. É difícil de encontrar”, descreve. “Conhecer o Santos não é só vir aos jogos ou frequentar sempre a Vila. Isso é pouco”, emenda.

Reflexões

A imagem do pai, Modesto Roma, o Gigante da Vila – dirigente em anos de ouro e presidente em tempos que começavam a ser difíceis –, está na sala da presidência. O quadro está próximo à cadeira do atual mandatário. Eram tempos de números com muitos zeros a menos em relação à atualidade. Se não se falam em orações antes de dormir, fica a lembrança de como tudo era feito e a projeção do que ainda precisa ser realizado, em momentos de introspecção como as idas e vindas de sua residência no Guarujá até Santos.

“Conversava com o Dorival (Júnior, técnico do Santos) e a gente discutia bastante o que foi feito e o que não foi feito. O Santos parou no tempo. Precisa ser resgatado”, comenta o presidente. “Por um lado, você precisa montar um time, que é caro, e por outro, ter muita segurança na receita e conter as despesas. É um equilíbrio”, Dica para o futuro sucessor.

Rotina mais regrada

A rotina de Modesto ficou mais regrada. Em média, o presidente passava de 12 a 13 horas no clube. Agora gira entre sete e oito horas. Há assuntos despachados em Guarujá, na residência do presidente. A programação, porém, segue extensa. 

As constantes internações em hospital na Capital desde janeiro causaram preocupação. “Alguns falaram que era muito grave. 

Mas é que foram três (internações) que se seguiram”, explica. E uma trouxe consequências para que a próxima ocorresse. Depois de check-up do coração, os medicamentos para regular os batimentos cardíacos eram fortes. E isso afetou o estômago do presidente. Desta forma, foi necessário voltar. “Só que minha tireoide ainda está alterada”, afirma. “A parte da tireoide dá cansaço. Enche a paciência porque eu fui do hipotireoidismo para o hipertireoidismo”, conta o presidente, que diz ter perdido 5 kg. Por isso, Modesto surgiu mais magro e com o rosto mais fino no final de fevereiro, quando voltou a aparecer publicamente.

A Tribuna

Nenhum comentário: