sexta-feira, 29 de abril de 2016

Para auditoria, 'continuidade' do Santos depende de TV, títulos, torcida e vendas


O Santos publicou, nesta sexta-feira, seu balanço com os resultados financeiros referentes a 2015. O clube fechou o ano com prejuízo de R$ 78,1 milhões e cenário preocupante para 2016, diante de um patrimônio negativo de R$ 281,5 milhões e déficit acumulado de R$ 177,7 milhões desde 2013.

Segundo a empresa de auditoria M/Legate (Macso Legate Auditores Independentes), que analisou as contas santistas, o "aporte de recursos é necessário a curto prazo" e "a continuidade das atividades do clube depende do sucesso das medidas que estão sendo tomadas" pela atual administração.

Segundo a diretoria do Santos, o foco para equilibrar suas contas está baseado em oito ações, descritas no balanço. Entre elas, o clube pretende aumentar receitas de direitos de transmissão de TV, sócios-torcedores e bilheteria; arrecadar com venda de atletas e também conquistar títulos.

"Embora o clube encontre-se atualmente com patrimônio negativo e déficit acumulado, a administração entende reunir condições para que o clube possa manter, na sua plenitude, ao longo de 2016, as suas atividades operacionais, assim como satisfazer os seus compromissos financeiros", diz o Santos.

Para aumentar as rendas de bilheteria, o clube cita "desempenho esportivo melhor" e "programas de estímulo ao comparecimento da torcida"; já sobre negociações, fala em "venda de atletas cuja transação se justifique, quer pela oportunidade do preço, quer por decisão técnica".

Em seu parecer, apresentado aos conselheiros santistas - que rejeitaram as contas -, a M/Legate ressalta que, durante a auditoria, foi solicitado o andamento dos processos com Doyen Sports, Teisa e DIS e os respectivos valores a pagar, mas não houve respostas - consideradas "essenciais" pela empresa.

Por sua parte, para justificar o resultado ruim em 2015, o Santos cita "a dívida contraída (...) para a aquisição de Leandro Damião" e também "reclamações trabalhistas de seis atletas, que em janeiro de 2015 requereram na Justiça o rompimento dos vínculos, somando pleitos de R$ 83,6 milhões".
ESPN

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