quinta-feira, 30 de abril de 2015

Herói de título dramático, Moraes diz que confia em nova virada do Santos


Atacante que atualmente defende o Mettalurg Donetsk fez o gol do título paulista de 2007, contra o São Caetano, após escutar de Luxemburgo: "Entra e decide"


O santista de gerações mais recentes está acostumado a decisões de campeonato que tiram o fôlego. Os vídeos da final de 2010 contra o Santo André estão aí disponíveis na internet para confirmar a tese. E não precisa ir muito longe na memória para buscar outros exemplos, como a conquista do Paulista de 2007. Naquela edição, um gol de um protagonista totalmente inesperado assegurou a virada sobre o São Caetano, já nos últimos minutos do confronto. 

O herói daquela dramática final de 2007 é Moraes, atacante que hoje defende o Mettalurg Donetsk, na Ucrânia. À distância, o antigo menino da Vila diz acreditar em uma nova reviravolta do Peixe, com o desfecho que todo alvinegro deseja. O jogador, nascido em Santos, espera por uma vitória sobre o Palmeiras na decisão do Paulista, neste domingo. 

– Aquele ano foi realmente muito bom. Depois do primeiro jogo, eu lembro que foi muito difícil. Ninguém esperava o resultado, a derrota, ainda mais para o São Caetano, na época. Mas a semana que antecedeu o segundo jogo foi muito importante. Com certeza o Santos tem condições de virar esse placar de novo, conseguir uma grande virada e ser campeão mais uma vez. Eu acredito que é possível, sim (...) vamos torcer, vai dar certo – afirmou o atacante em entrevista ao GloboEsporte.com. 


– Acho difícil apontar um jogador que possa ser um novo Moraes. A maioria dos jogadores jovens que estão jogando tem um tempo no profissional. Aquele foi meu quarto jogo no profissional, eu era muito novo. Mas acredito que o elenco do Santos está cheio de jogador que pode decidir. Como o Robinho, o Ricardo Oliveira, o Geuvânio. São jogadores que podem decidir uma partida, com a qualidade que têm – acrescentou. 

Assim como na decisão deste ano, o Santos saiu atrás na final de 2007, quando o São Caetano venceu a partida de ida por 2 a 0. Naquela edição, o regulamento conferia ao time de melhor campanha a possibilidade de título com empate no placar agregado. Por isso, a equipe então dirigida por Vanderlei Luxemburgo precisava compensar o saldo de gols no jogo de volta.

Na partida decisiva, o zagueiro Adaílton colocou o Santos em vantagem no começo, ainda no primeiro tempo. Mas, depois, o time de Luxemburgo encontrou dificuldades em criar situações de ataque. Os santistas que foram em peso ao Morumbi (58.953 pagantes) viam o relógio correr e sofriam com um vice que parecia próximo. No entanto, o quase desconhecido Moraes foi a última cartada de Luxemburgo. O treinador mandou o jovem a campo no lugar de Jonas, aos 12 minutos da etapa final, com uma orientação desafiadora.   
– Antes de entrar em campo, ele (Luxemburgo) tentou me acalmar, porque era uma situação muito tensa, já estava no final do jogo. Eu lembro que ele falou para ter calma, para entrar e decidir o jogo. Essas foram as palavras dele: "Entra e decide, moleque" – recordou Moraes. 

O gol salvador de Moraes saiu aos 36 minutos do segundo tempo, após um belo cruzamento do lateral Kleber, da esquerda. Depois de marcar de cabeça. O jovem pulou as placas de publicidade e foi comemorar junto à torcida no Morumbi. Naquele momento, o filho do ex-atacante Aluísio Guerreiro entrava para sempre na história do clube.

Globoesporte.com

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