quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Enderson explica mudanças e não se arrepende mesmo com cobrança


Treinador do Santos precisou mexer na equipe ao longo do confronto e foi bastante hostilizado pelos torcedores

A hostilidade da torcida do Santos foi notória após Enderson Moreira ter sacado Gabriel para a entrada de Leandro Damião no segundo tempo da partida nesta quarta-feira, contra o Fluminense. O jogo ainda estava 0 a 0 no momento da troca, mas o gol de Edson, que decretou a vitória do Tricolor Carioca em plena Vila Belmiro, aos 45 minutos da etapa final, foi o estopim para a chiadeira da arquibancada em cima do treinador.

“Infelizmente, no Brasil é normal. Quando ganha é maravilhoso e quando perde a culpa é do técnico. Torcedor tem que entender que temos algumas ideias, mas às vezes fazemos substituições por lesões. 14 jogo que jogamos toda quarta, quinta ou sábado e domingo. Aconteceu com o Lucas Lima, Geuvânio, jogadores sentem a sequencia. Temos que administrar a culpa”, disse Enderson Moreira, em entrevista coletiva após a derrota na 30ª rodada do campeonato Brasileiro.

“Só lamento porque da mesma maneira que ganhamos, perdemos e sofremos no acréscimo. Poderíamos ter saído com um resultado diferente. No fim do segundo tempo, não conseguimos fazer o jogo. O Fluminense tem capacidade, não jogamos contra ninguém, é um time de qualidade, principalmente do meio pra frente. “Foi uma derrota dura, gostaríamos de encostar no G-4, mas no futebol isso acontece também. Fomos felizes no domingo e não tivemos capacidade para decidir o jogo”, completou o técnico.

Ao analisar, já de cabeça mais fria, as substituições que fez durante a partida, o treinador não mostrou arrependimento e tentou se explicar. Vale lembrar que além da alteração de Damião por Gabriel, Rildo também saiu para a entrada de Souza e Patito foi o escolhido depois de Geuvânio deixar o jogo por lesão, ainda no primeiro tempo.

“São questões minhas, não gosto de pontuar. O Gabriel tem qualidade e perdeu duas chances claras. Precisava manter um jogador de velocidade, poderia ter tirado outro. Temos o desgaste do Robinho, sabemos que precisamos administrar. Temos que parar de pensar que não podemos mexer em um ou outro, não sou passional, não tenho emoção para escalar. Tenho que ser pontual dentro do que posso fazer”, analisou o treinador do Peixe, lembrando que o torcedor, muitas vezes, age com o coração.

“O Rildo também teve dificuldade, mas fisicamente poderia nos ajudar ainda mais. Quando perde sou eu o culpado. Se fizéssemos um gol no fim com o Damião, diriam que eu fui perfeito. Futebol é assim. Tenho que tomar decisões no momento, não me arrependo de nada, tinha outras opções e talvez a ordem não tenha influenciado”, finalizou, com semblante irritado.

FoxSports

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