quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Único meia, Lucas Lima embala, joga todas no BR e 'esnoba' a 10 do Santos


Jogador ganhou espaço com as saídas de Cícero e Montillo e atuou em todas as 15 partidas do Peixe nesse Brasileirão. Contra o Atlético-PR, ele tenta acabar com jejum alvinegro

Lucas Lima chegou ao Santos no começo do ano sem badalação, demorou a estrear e desde o início e sempre carregou o status de reserva. Hoje, é o principal meia da equipe, único jogador do Peixe que atuou nas 15 partidas até aqui do Brasileirão e virou um dos xodós do técnico Oswaldo de Oliveira.

A trajetória do jogador na Vila Belmiro se assemelha com a dele no futebol. Lucas demorou a embalar. Desde a juventude, o armador passou por clubes menores, como Chapecoense, José Bonifácio (SP), América de Rio Preto-SP e Inter de Limeira, até ser comprado pelo Internacional e emprestado ao Sport. Hoje, aos 24 anos, enfim virou uma realidade no mundo da bola e carrega não só a responsabilidade de ser o armador do Santos, como a de ser o único meia do elenco (o jovem Serginho, de 20 anos, também treina com a equipe, mas não vem sendo sequer relacionado para as últimas partidas).

Eu acho que minha responsabilidade é grande, tenho sempre que armar o time. Mas isso não deixa eu me acomodar, sempre tenho que mostrar mais e quero fazer história aqui. Procuro sempre melhorar para ajudar o time, pois temos sempre que disputar e ganhar títulos – afirmou, em entrevista ao LANCE!Net.

Apesar das saídas de Montillo e Cícero, Lucas Lima ainda não tem o privilégio de usar a lendária camisa 10, que um dia foi de Pelé. O atual número 20, porém, minimiza isso.

– Eu deixo essas coisas para o Marketing do clube, não ligo, não. Numeração não é importante, importante é ser titular e ajudar a fazer bons jogos – argumentou o meia.

Presente em todos os 15 jogos deste Campeonato Brasileiro, Lucas foi titular nos últimos 12 e nesta quarta-feira é uma das esperanças do Santos para voltar a vencer no Nacional. Vindo de três derrotas consecutivas, para Inter, Corinthians e Cruzeiro, o Peixe recebe o Atlético-PR, às 19h30, na Vila Belmiro.

Depois de pegar no tranco, o meia quer ajudar o Santos a também embalar. E mais que isso: convencer a diretoria alvinegra que não é preciso um outro jogador para a posição.

– Enquanto mostrar meu valor, as coisas vão acontecer naturalmente!

Bate-bola com Lucas Lima, meia do Santos, ao LANCE!Net:

Como têm sido os primeiros jogos ao lado do Robinho? O ataque ficou mais rápido e criativo?
A característica do nosso time é justamente a velocidade, e o Robinho entrou na vaga do Rildo, que já era bem veloz também. Mas o Robinho é um craque, que impõe respeito para as outras equipes. O meu futebol só tem a crescer com a presença dele. 

Você se sente mais à vontade atuando nesse tipo de esquema?
Eu gosto bastante de me movimentar, não tenho dificuldade. Gosto de chegar na área, às vezes cair pelas laterais também. Para mim é fácil essa movimentação, gosto bastante do estilo que o Santos tem adotado. 

Nos últimos jogos, você tem feito primeiros tempos regulares e segundos tempos em alto nível. Concorda com isso? E por que?
Concordo, porque geralmente os primeiros tempos são mais truncados, fica mais difícil um pouco. Mas me cobro bastante para igualar isso no dois tempos e ajudar nosso time.

Então o que faz nos intervalos?
Procuro ver o que o professor tem pra falar, procuro descansar, me concentrar mais e tentar entrar mais atento para construir o resultado.

A maratona de jogos também contribui para que você corra mais em um tempo só das partidas?
Existe um desgaste, mas minha parte física está boa. É meu melhor momento fisicamente, sempre descanso no intervalo dos jogos. A maratona cansa, sim, mas dou conta.

Passava pela sua cabeça ser o único armador do elenco e ter uma sequência tão grande de jogos em pouco tempo de clube?
Não passava pela minha cabeça não, porque sempre penso que vai ter concorrência. Hoje tem o Serginho, da base. Mas independente disso tenho que estar sempre provando, porque no momento em que você não se mostra, não mostra o valor, perde o foco e as coisas não acontecem. Quero sempre demonstrar um nível alto.

Mesmo sendo o único armador você troca bastante de posição. Como funciona essa tática do time?
O Oswaldo dá total liberdade quando a gente está com a bola. Sem a bola ele pede para recompor e ajudar na marcação. Ele fala para a gente abrir espaço e se movimentar mais.

Lancenet

Um comentário:

:.tossan® disse...

Está muito difícil ser santista hoje em dia. Aguentar Osvaldo de Oliveira, Damião, Alan Santos, Jubal, Mena e outras porcarias... É muito difííícil!
Vamos jogar com quem e onde hoje?Estávamos em quarto lugar e agora estamos em décimo quarto, pra onde vamos depois dos jogos desta semana? Abraço