quarta-feira, 30 de novembro de 2016

De quase aposentado a segundona, onde está o pacotão de gringos do Santos de 2008

No início de 2008, o Santos ainda comemorava o vice-campeonato brasileiro enquanto montava seu elenco para a nova temporada. O presidente à época, Marcelo Teixeira, anunciou: contrataria um pacotão de gringos para a disputa da Copa Libertadores.

Foi aí que a torcida alvinegra conheceu Mauricio Molina, Sebastián Pinto, Michael Jackson Quiñonez e Mariano Trípodi.

Todos vinham de certo destaque em seus respectivos clubes e chegavam com pompa ao Santos, que seria comandado, curiosamente, por Émerson Leão, desafeto de sul-americanos. No entanto, eles não deixaram (quase) nenhuma saudade aos fãs do time da Vila Belmiro.

Ao menos, cada um deles pôde celebrar ao menos um momento inesquecível vestindo a camisa branca e preta

Oito anos depois, relembre como foi a passagem pelo Santos e onde está cada um desses antigos reforços internacionais.

Mauricio Molina
Colombiano Molina foi o único que se destacou

Este, de longe, foi o gringo que mais deixou saudade para a torcida do Santos. Contratado à época do Estrela Vermelha, da Sérvia, o meio-campista logo que chegou assumiu a camisa 10 alvinegra.

Revelado pelo Envigado, de seu país natal, em 1999, "Mao", como era conhecido, já chegava com certa idade (28 anos), mas mesmo assim se encaixou bem na equipe. Caiu nas graças da torcida, principalmente, na vitória por 4 a 1 sobre o Ituano, na Vila, pelo Paulistão, quando marcou um gol e quase fez um gol de placa, por cobertura.

"Raçudo", ele também chegou a lesionar a face em um lance, sair de campo sangrando, mas pedir para retornar a campo com uma bandagem. Molina, então, ficou conhecido pela torcida do Santos como "Deus que sangra" - algumas vezes chamado assim de forma irônica, outras não.

Ao todo, foram 78 partidas pelo Santos, entre 2008 e 2009, com 17 gols marcados. Ídolo dos santistas, ele sempre garante torcer de longe pelo sucesso do "Peixe".

Hoje, aos 36 anos, Molina é apenas reserva do Independiente de Medellín, equipe pela qual é torcedor desde pequeno e onde deverá encerrar sua carreira ao final da temporada.

Sebastián Pinto
Sebastián Pinto comemora ao lado de Wesley, em 2008

A foto que você vê acima é histórica. Afinal, é o único vestígio do solitário gol do chileno Sebastián Pinto com a camisa do Santos. E não foi qualquer gol.

Pela fase inicial do Campeonato Paulista, o atacante foi titular no clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Kléber aproveitou tropeço bizarro de Perdigão, acionou Molina, que deixou Pinto na cara do gol. Na comemoração, acredite, ele mandou a torcida ficar quieta.

Contratado à época da Universidad de Chile, equipe em que foi revelado, ele só fez sete jogos e, além do tento marcado contra o rival, ficou marcado por um incrivelmente perdido. Contra o Mirassol, ele fez o mais difícil que foi tirar a bola do defensor dentro da área e sair do goleiro. De perna esquerda, com o gol vazio, mandou a bola para fora.

Saiu pouco tempo depois sem deixar saudades e, hoje, é reserva do Quilmes, da Argentina, que é só o 14º colocado do Campeonato Argentino.

Mariano Trípodi
Argentino fez gol importante pela Libertadores de 2008

Contratado em 2008 com muita pompa, Mariano Trípodi chegou à Vila Belmiro credenciado como maior artilheiro das categorias de base do Boca Juniors. No Santos, porém, fracassou.

No entanto, seu único gol marcado nos 15 jogos com a camisa alvinegra está na memória do torcedor santista. Pela Libertadores de 2008, o Santos só empatava com o Cúcuta, da Colômbia, em plena Vila Belmiro, e com isso dava adeus ao torneio já na fase de grupos.

Foi aí que aos 44 minutos do segundo tempo, lá estava o argentino, xodó de Emerson Leão, bem colocado para, de voleio, fazer o alçapão explodir de alegria. Foi mais um dos gringos que não deixaram saudades, com apenas 15 jogos disputados, mas é sempre lembrado por esse gol.

Hoje, aos 29 anos, Trípodi segue perigrinando pelo futebol e atua pelo Ferro Carril, que joga a segunda divisão do Campeonato Argentino. Já passou por outras equipes brasileiras, como Joinville, Santo André, Atlético-MG, Metropolitano, Caxias, Vitória, Rio Branco-PR, além de Vaduz, de Liechenstein, Colônia, da Alemanha, e Tochigi, do Japão.

Michael Jackson Quiñonez

GAZETA PRESS
Equatoriano 'fez' um dos gols mais importantes da história do Santos. E sem querer...

Outros dos gringos santistas que marcaram apenas um gol em sua passagem pela Vila Belmiro. Mas o equatoriano Michael Jackson Quiñonez pode se vangloriar de ter 'feito' um dos tentos mais importantes da história do clube praiano.

Vindo do modesto Espoli, do Equador, o meio-campista foi o responsável por livrar o Santos de seu primeiro rebaixamento da história.

Em 2008, o time chegava à 35ª rodada do Campeonato Brasileiro ameaçado pela degola, a seis pontos do Vasco, primeiro dentro da zona. Em caso de uma derrota para a equipe reserva do Inter, na Vila Belmiro, a situação se complicaria. Mas foi aí que o equatoriano entrou para salvar os santistas. Mesmo que sem querer...

Aos 24 minutos do segundo tempo, Quiñonez arrumou para a perna direita, estufou o peito e mandou um tirambaço que iria para a linha lateral. Por sorte, a bola explodiu nas costas do lateral-esquerdo Gustavo Nery e acabou enganando o goleiro Lauro.

Para muitos santistas, foi este gol que deixou o Santos ainda como um dos times invictos sem rebaixamentos para a Série B do Brasileirão. Atualmente, aos 32 anos, ele atua apenas como reserva do pequeno Mushuc Runa, sétimo colocado do Campeonato Equatoriano. ESPN

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