É compreensível que o torcedor do Santos considere que 2015 terminou com gosto amargo. O time apareceu entre os quatro melhores do Campeonato Brasileiro e chegou à final da Copa do Brasil na condição de favorito contra o Palmeiras, mas acabou ficando sem o título e sem a classificação para a Libertadores de 2016.
Ainda assim, o técnico Dorival Junior entende que há motivos para se olhar com carinho para a temporada. Especialmente diante da lembrança de como as coisas estavam quando assumiu o time.
"É uma equipe que há dez meses não tinha perspectiva nenhuma, com incertezas e insegurança. Ninguém sabia o que poderia acontecer. Aí finalizou o ano com uma final de Paulista, final de Copa do Brasil e brigando por Libertadores através do Brasileiro. Acho que foi um ano positivo, ainda que há alguns dias atrás tenhamos perdido o título da Copa do Brasil. Mas, se perdemos é porque a equipe fez por onde, fez por merecer. Detalhes tiraram o título", afirmou.
A falta de perspectiva citada por ele refere-se aos obstáculos para montar o elenco no início da temporada. Os problemas financeiros resultaram nas saídas de peças consideradas importantes, como Aranha, Arouca, Edu Dracena, Mena e Leandro Damião.
Para contratar, o jeito foi seguir a política de "custo zero" da diretoria. Foram 12 aquisições nestes moldes: Vanderlei, Chiquinho, Werley, Valencia, Marquinhos Gabriel, Rafael Longuine, Marquinhos, Elano, Nilson, Neto Berola, Leandro e Ricardo Oliveira, que acabou sendo o artilheiro do Brasileiro.
Mesmo com todas estas mudanças, o Santos foi campeão paulista no primeiro semestre. Mas as indefinições não demoraram a voltar. Quando Dorival foi anunciado como novo treinador, no dia 9 de julho, o time vinha de quatro derrotas no Brasileiro e estava dentro da zona de rebaixamento.
A reação foi imediata. A vitória por 3 a 0 sobre o Figueirense iniciou uma arrancada para as primeiras posições da tabela de classificação. Considerando apenas as partidas do segundo turno, o Santos teve a terceira melhor campanha, atrás apenas de Corinthians e Internacional.
Além disso, o sétimo lugar e os 58 pontos deste ano, embora não tenham sido bons o suficiente para gerar um lugar na próxima Libertadores, acabam representando o melhor desempenho do Santos no Brasileiro desde 2007, quando somou 62 pontos e foi o vice-campeão.
Uol Esporte
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