Comitê de Gestão, já com seus quatro novos membros, terá encontro para definir o nome que será alvo para assumir o comando técnico em substituição a Marcelo Fernandes
Com apenas duas vitórias em 11 partidas do Campeonato Brasileiro de 2015, o Santos ocupa atualmente a 17ª colocação da tabela e é o primeiro integrante da zona de rebaixamento. O retorno à degola e o fim de uma invencibilidade na Vila Belmiro que já vinha desde 2014, com a derrota por 3 a 1 para o Grêmio, conturbaram o ambiente interno do clube. O primeiro passo para tentar fugir das últimas posições do Brasileirão deverá ser uma mudança no comando técnico.
Depois de rejeitar a pedida de Guto Ferreira e ter o nome de Oswaldo de Oliveira barrado pelo Comitê de Gestão há duas semanas, o Santos voltou a buscar um comandante para substituir Marcelo Fernandes, que voltaria a ser auxiliar. Uma reunião para alinhar nomes será realizada no fim da tarde desta segunda-feira, na Vila Belmiro, e contará com participação dos novos indicados do conselho responsável pelas decisões importantes do futebol no Peixe.
Em razão do veto ao nome de Oswaldo, com quem já tinha tudo acertado, Modesto dispensou dois membros do Comitê e viu outros dois pedirem demissão em solidariedade. Agora, com os quatro substitutos (Luiz Antonio Ruas Capella, Andres Enrique Rueda Garcia, Antonio Carlos Cintra e Carlos Manoel da Silva) nomeados, o grupo se encontrará para definir o treinador que ficará no alvo para tentar melhorar as perspectivas do Santos no Brasileirão.
A reunião decisiva, entretanto, não é o único motivo de agitação nos bastidores do Santos. O próprio presidente Modesto Roma Júnior e seu vice César Conforti têm sido alvos de críticas de conselheiros por terem viajado ao Chile para a final da Copa América em um momento ruim do time em campo. Uma selfie de Conforti e Modesto vendo o jogo no estádio viralizou nas redes sociais com críticas à dupla. "O time nesta situação e os caras nem aí" e "não acho que a ocasião seja propícia para isso" foram algumas mensagens postadas por membros do Conselho Deliberativo do clube em crítica à viagem, que ocorreu a convite de uma empresa.
Sem Modesto e Conforti, o superintendente de esportes do Peixe, Dagoberto Santos, acompanhou o jogo contra o Grêmio como representante da diretoria. O dirigente, porém, também está sob forte pressão de conselheiros. O elevado número de reforços contratados em 2015 que não têm oportunidades constantes no time titular e o salário recebido pelo dirigente, hoje de R$ 85 mil, são os principais questionamentos de pessoas influentes da política do clube. Na última reunião do Conselho Deliberativo, inclusive, o próprio Modesto foi perguntado sobre a viabilidade do trabalho de Dagoberto.
"Se mantiver o Dagoberto e trocar o técnico não vai adiantar" e "é preciso trocar o responsável do futebol por alguém que conheça de verdade" foram algumas das mensagens em oposição ao dirigente. Há, dentro do Conselho, uma forte onda que deseja a contratação do ex-jogador Clodoaldo, atual consultor de futebol, para um cargo diretivo.
Lancenet
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