Pronunciamento é feito um dia após a DIS cobrar o mesmo valor por 40% dos direitos econômicos do atleta
Neymar da Silva Santos, pai do atacante Neymar Jr, resolveu “esclarecer a polêmica criada pela DIS Esportes (DIS)”, sobre os valores da venda dos direitos econômicos de seu filho ao Barcelona. Segundo ele, as acusações de que o Santos e a NN Consultoria devem 40 milhões de euros à DIS são “crime e com exposição indevida e negativa das nossas respectivas imagens (refere-se à sua família)”. O empresário promete acionar os investidores na Justiça.
Na última quarta-feira, a DIS realizou uma coletiva, em Madrid, na Espanha, e informaram terem movido uma ação na Justiça espanhola, cobrando 40% da quantia integral da transação envolvendo Neymar. Conforme a empresa, o montante a que tem direito seria de 40 milhões de euros.
Assim, os valores apontados pelo grupo de investidores sugerem que o atacante tenha saído do Santos por 100 milhões de euros. Os investidores, que tinham 40% dos direitos econômicos de Neymar Jr, dizem ter recebido sua parcela, porém, somente sobre os 17,1 milhões de euros (cerca de R$ 59 milhões) pagos ao Santos - algo em torno de 6,8 milhões de euros (R$ 23,5 milhões).
A DIS reivindica todos os valores envolvidos na transação. Entre eles, o pago à NN Consultoria, luvas do atleta, demais comissões e direitos.
Por meio de nota, publicada na página da empresa, o pai do atleta declara que a transferência aconteceu dentro da legalidade e que todos os contratos foram respeitados, “sempre de forma transparente e clara”.
Sobre a polêmica dos 40 milhões de euros cobrados pelo Grupo DIS, Neymar esclarece que o montante se trata de uma “multa” firmada entre a empresa da família e o clube espanhol em 2011. À época, o Santos autorizou o avante a negociar com outros times, mesmo antes do término de seu contrato, válido até o final da Copa do Mundo de 2014.
“Não transacionei 'direitos econômicos' ou tampouco 'direitos federativos'. Negociei um 'direito futuro', o direito de 'free agent' (atleta após seu vínculo de trabalho e sem contrato se torna 'free agent' ou agente livre', conforme práticas nacionais e internacionais) do meu filho e atleta agenciado de escolher o seu novo clube conforme livre escolha”.
A NN Consultoria firmou, em novembro de 2011, um contrato com o Barcelona, contendo obrigações e direitos recíprocos, fixando uma cláusula penal de 40 milhões de euros, devida pela parte que descumprisse os termos e condições do acordo. “Se a NN Consultoria descumprisse, teria que pagar tal montante sozinha ao Barcelona, sem qualquer participação ou solidariedade do Santos, DIS e Teisa”.
Isso significa que, caso Neymar Jr. não fosse jogar no clube espanhol, a empresa teria que arcar com a quantia estipulada, assim como, segundo Neymar (pai), a agremiação catalã teve que pagar à NN Consultoria por não ter cumprido o acordo e esperado Neymar se tornar um jogador livre.
“O atleta não tinha - e não tem - obrigação contratual alguma de repassar ou distribuir quaisquer valores a DIS. Toda e qualquer relação contratual ou comercial se dá única e exclusivamente com o Santos”.
Neymar informa, ainda, que a DIS obteve mais dinheiro do que o investido no atleta. “Investiu R$ 5 milhões em 2009/2010 e, três anos e meio do investimento inicial, recebeu o valor (superior a) R$19 milhões”.
Por fim, ele ressalta que toda a negociação ocorreu com o anuência da Fifa. “A transação foi integral e detalhadamente informada à FIFA através de seu Sistema Eletrônico de Transferências (TMS, em inglês), que avalizou a transferência e o posterior registro do atleta junto ao seu novo clube, sem nenhuma exigência adicional ou mesmo requisição de informações extras. Tal fato somente ocorre quando, após análise dos contratos, a operação encontra-se em linha com o Regulamento do Estatuto e Registro de Jogadores da entidade máxima do futebol mundial”.
A Tribuna On Line
Esse pai do neymar pra mim é uma pessima pessoa
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