O Santos começou bem a partida contra o Coritiba com um gol de uma das revelações do clube: Neilton. No entanto, os jogadores da chamada 'nova geração' foram decisivos negativamente para que o time paranaense conseguisse o empate na Vila Belmiro. Giva e Neilton tiveram oportunidades de sacramentarem a vitória quando o jogo estava 2 a 1, mas erraram 'gols feitos' e o time sofreu o castigo.
Segundo o "Datafolha", a renovada equipe santista errou 14 finalizações no duelo deste domingo, pela oitava rodada do Brasileirão - 60,9% dos chutes tentados foram para fora. Deste número, Giva e Neilton são responsáveis por cinco (duas e três, respectivamente). William José também contribuiu e errou duas finalizações. Montillo, com quatro erros, foi o 'destaque'. O argentino, porém, contribuiu com assistências e passes importantes para os companheiros, além de uma bola na trave.
Claudinei Oliveira, técnico do Santos, isentou seus jovens jogadores de responsabilidade pelo resultado, que, na visão de jogadores como Montillo e Léo, acabou com 'gosto de derrota', já que o time vencia até os 42 minutos do segundo tempo e estava prestes a quebrar a invencibilidade do Coritiba no Brasileirão.
"O desperdício (das oportunidades) não tem nada a ver com a idade dos jogadores. O Alex (meia do Coritiba) também perdeu gol cara a cara. Nós perdemos as chances pois chutamos mal. Não tem a ver com idade, experiência. Isso se ganha em posse e condução de bola. A juventude quer arrancar toda hora. É mais o momento do jogo e o emocional mesmo", afirmou o treinador, em entrevista coletiva.
Apesar de Muricy Ramalho dizer em entrevistas recentes que foi o responsável por lançar cerca de 20 jogadores da base no grupo profissional, é com Claudinei que Neilton e companhia tem tido maior espaço e tempo de jogo. O camisa 11, que herdou o número de Neymar, se destacou nos últimos jogos - contra a Portuguesa, por exemplo, marcou dois gols e foi bastante elogiado pelo comandante.
Giva, Leandrinho e Pedro Castro foram outros nomes que ganharam mais espaço com Claudinei, especialmente após a saída de Neymar. A falta de integração da base com o elenco profissional era um dos pontos que desagradavam a diretoria em relação ao trabalho de Muricy, demitido no fim de maio.
O empate contra o Coritiba, porém, não foi de todo ruim para a equipe do Santos. O 2 a 2 fez com que o retrospecto dentro de casa chegasse a 24 jogos sem perder dentro da Vila Belmiro. O último revés foi para o Bahia, no dia 29 de agosto do ano passado, no jogo que ficou marcado como a despedida de Paulo Henrique Ganso da equipe. A série iguala os 24 jogos entre 19 de agosto de 1962 e 6 de novembro de 1963 como a nona maior sequência no estádio. Agora são 14 vitórias e dez empates.
Uol Esporte

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