quinta-feira, 4 de julho de 2013

Peixe estuda permuta de CT da base para erguer nova 'fábrica de craques'


Segundo Luis Alvaro, ideia é que o clube não aplique recursos próprios na obra. Dirigente também prioriza nova arena: 'Está na ponta da agulha'

O Santos estuda a possibilidade de fazer uma permuta do CT Meninos da Vila, onde treinam as equipes de base, para construção de um novo centro de treinamentos voltado às categorias menores. De acordo com o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, a ideia é que o clube não tenha de aplicar recursos próprios na obra, como os € 9 milhões (R$ 26 milhões) obtidos com a venda de Neymar para o Barcelona.


- Estamos bem adiantados. Há esse estudo de permutar a unidade do Saboó (Meninos da Vila) para construção de outro CT, com cinco campos e alojamento para 120 meninos, de uma forma que tenhamos mais conforto e capacidade de receber os jovens. No Saboó, temos só dois campos. A gente não vai investir, mas receber pronto um CT maior e mais moderno. Não precisaremos (usar o dinheiro da venda de Neymar). Será algo autossuficiente - explica.

O novo CT para as categorias de base é considerado uma das prioridades do Peixe nos próximos meses e está avaliado em R$ 25 milhões. Outra possibilidade para captação dos recursos é enquadrar um projeto na Lei de Incentivo ao Esporte, alternativa viabilizada com a liberação da Certidão Negativa de Débito (CND), no final de maio - o que não é descartado por Luis Alvaro. A expectativa é que o CT seja erguido em Cubatão, cidade vizinha a Santos.

Paralelo à construção de um centro de treinamentos, outra obra em vista no Santos é a de uma arena multiuso. O clube estuda quatro alternativas - duas delas são conhecidas: uma em Cubatão e outra em Praia Grande, também na Baixada Santista. Segundo Luis Alvaro, da mesma forma que o CT, o Alvinegro não vai custear o possível estádio. O mandatário reafirmou, ainda, que a intenção é deixar o assunto resolvido até o final de seu mandato, em 2014.

- É um assunto importantíssimo, que está na ponta da agulha. Não há mais lugar para estádios como o do Santos, mas para arenas multiuso. O estádio não vira, não viabiliza nem remunera o capital empregado se só abrigar jogos de futebol. O Santos faz 80 partidas por ano, no máximo, sendo metade com mando nosso. Você teria de cobrar ingresso de R$ 1 mil e lotar (o estádio) para remunerar o capital empregado na construção. Não fecha a conta. Por isso, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Grêmio falam em arenas. Não só para futebol, mas shows temáticos, eventos, que gerem recursos - descreve Luis Alvaro.

- Estou especialmente empenhado nisso (novo estádio) por razões históricas e familiares. Meu avô comprou o terreno da Vila e só não participou da inauguração porque morreu na véspera. Devo esse tributo ao velho Álvaro de Oliveira Ribeiro, que viabilizou o estádio em que estamos agora - conclui.

Globoesporte.com

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