O Santos parece ter deixado para trás a breve passagem pela zona do rebaixamento, se aproximou do G4 do Campeonato Brasileiro e está em ascensão. Depois da saída de Muricy Ramalho, mesmo sem o astro Neymar, a equipe da Vila Belmiro cresceu nas mãos de Claudinei Oliveira, que já tem aproveitamento superior ao seu antecessor.
Neste ano, o Santos jogou 29 vezes sob a batuta de Muricy, contando partidas do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e dois jogos do Brasileiro. Foram 13 vitórias, 12 empates e quatro derrotas, que renderam 58,6% dos pontos disputados.
Claudinei assumiu o time no início de junho, dias antes da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O Santos vinha do trauma da saída de Neymar e de dois jogos sem vitória (empate com o Flamengo e derrota para o Botafogo). Desde então, foram seis partidas, três vitórias, dois empates e uma derrota, com 61,1% de aproveitamento.
“Depois da saída do Muricy, do Neymar, acho que está indo muito bem em termos de resultado. Teve a baixa do Neymar e a mesma equipe está conseguindo bons resultados. O mérito principal é dos jogadores, ninguém não se dedica 100%”, disse Claudinei após a goleada por 4 a 1 na Portuguesa, no último sábado.
A diferença nos números fica ainda maior se for levado em consideração que as estatísticas de Muricy Ramalho incluem toda a fase inicial do Campeonato Paulista e as primeiras eliminatórias da Copa do Brasil quando, teoricamente, os rivais eram mais frágeis. Além disso, o veterano treinador também teve Neymar durante todo esse tempo, luxo que passou longe de Claudinei, que sequer recebeu reforços da diretoria.
As escalações também evidenciam que os estilos são bem distintos. Muricy Ramalho passou boa parte do ano apostando em jogadores mais veteranos. Patito, Marcos Assunção, André e Miralles foram algumas das figuras frequentes do Santos do primeiro semestre. Sob o comando de Claudinei, jovens como Neilton, Giva e Alan Santos tem recebido cada vez mais espaço.
O resultado se reflete na capacidade ofensiva do time. Na atual gestão, são 1,66 gols por jogo, contra 1,55 da era Muricy. O que não mudou foi a fragilidade da defesa, que segue sendo vazada uma vez por partida. Se não garante um futuro brilhante, o início de trabalho de Claudinei Oliveira, efetivado pela direção, ao menos dá um alento à torcida. Ele mesmo, no entanto, prefere manter os pés no chão.
“Projetar no Brasileiro é difícil, são só equipes grandes, é difícil fazer isso. Eu não trabalho com projeção, faço jogo a jogo. E tem de vencer, porque quem empata muito para no campeonato. Às vezes vai perder, como contra o Criciúma [derrota por 3 a 1], mas outras vezes vale nos expor um pouco mais e vencer como contra o São Paulo [vitória por 2 a 0]”, completou.
Uol Esporte
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