Treinador que substituiu Muricy Ramalho passará a receber 80% a mais a partir de agosto. Novo salário é 30 vezes menor que o do antecessor
Sem perder há quatro jogos e vindo de três vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, Claudinei Oliveira ganha cada vez mais força no Santos. Ainda que não seja considerado "nem interino, nem efetivo" no cargo - o que ele mesmo considera ser natural - o técnico caminha a passos largos para ter sequência no comando alvinegro. O treinador receberá um aumento de salário em agosto: de R$ 11 mil para R$ 20 mil - reajuste de mais de 80%.
O ordenado anterior é referente ao que Claudinei recebia enquanto treinador da equipe sub-20, cargo que exercia até a demissão de Muricy Ramalho, no final de maio. O detalhe é que o ex-técnico recebia quase R$ 600 mil mensais no Santos - 30 vezes maior do que o novo salário do atual comandante. O curioso é que o valor a ser embolsado pelo ex-goleiro do Peixe a partir de agosto está longe de ser dos mais elevados no meio futebolístico. Gilson Kleina, por exemplo, recebe cerca de R$ 350 mil no Palmeiras. Já Paulo Autuori ganha entre R$ 300 mil e R$ 400 mil no São Paulo.
Além da série positiva e da ascensão na tabela do Campeonato Brasileiro (o Santos deixou as últimas posições e ocupa atualmente o oitavo lugar, um ponto atrás do G-4), pesa a favor de Claudinei o apoio do elenco, seja dos mais jovens - com quem trabalhou na base santista - ou dos jogadores veteranos. Quando o Peixe ainda estudava trazer os argentinos Marcelo Bielsa ou Gerardo Martino para o comando do time, o lateral-esquerdo Léo chegou a defender publicadamente a permanência do técnico.
Novamente sob o comando de Claudinei, o Santos volta a campo neste domingo, às 16h (de Brasília), diante do Coritiba, na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Brasileirão. Uma vitória pode aproximar um Peixe desacreditado após a saída de Neymar da liderança da competição e dar mais crédito à confiança que passa a ser depositada no treinador.
Globoesporte.com
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