terça-feira, 2 de julho de 2013

Cobiçados pelo Santos, estrangeiros não deslancham na Vila desde 2008


Desde 2000, o Peixe contratou 19 jogadores de outros países, alguns deles já consagrados, outros nem tanto. Poucos conseguiram se firmar na Vila

O Santos tem sofrido para contratar um técnico experiente e reforçar o time que está na 16ª colocação do Campeonato Brasileiro. Mas já sabe o que quer: para o complemento da temporada, o plano é acertar com jogadores sul-americanos. A solução escolhida pela diretoria, no entanto, pode virar problema. Tudo porque os estrangeiros contratados recentemente não deslancharam. O último que brilhou com o uniforme alvinegro foi o meia colombiano Molina, que chegou à Vila Belmiro em 2008 e deixou a equipe no ano seguinte. E lá se vai quase meia década. 

Desde 2000, o Santos contratou 19 jogadores estrangeiros, alguns deles já consagrados, como o colombiano Rincón, o sérvio Petkovic, o chileno Maldonado, o uruguaio Fucile e o argentino Montillo - este último a contratação mais cara da história do Peixe. Outros nomes, porém, chegaram como incógnitas e assim permaneceram, sem deixar saudade alguma na Vila, como Julio Manzur, De Nigris, Sebastián Pinto, Cuevas e Tripodi.


Entre consagrados e obscuros, poucos se firmaram no alvinegro. Quem mais se destacou foi Molina, que defendeu o clube entre 2008 e 2009, mas deixou a Vila sem conquistar um título sequer. Ainda assim, é respeitado e deixou saudades na torcida. Em 78 partidas pelo Santos, marcou 17 gols, tornando-se o segundo maior artilheiro estrangeiro da história do alvinegro - o número 1 nesse quesito é o argentino Etchevarrieta, que balançou as redes 20 vezes na década de 40. O bom desempenho na Baixada rendeu a ele uma imagem no muro do CT Rei Pelé.

Depois de Molina, contudo, a garimpagem santista no futebol latino americano não deu o retorno esperado. O chileno Sebastián Pinto, o paraguaio Cuevas, o argentino Tripodi, o equatoriano Bolaños, o colombiano Renteria, o uruguaio Fucile chegaram, pouco fizeram e deixaram a Vila sem que alguém lamentasse.

No atual elenco, os argentinos Patito Rodriguez, Montillo e Miralles dão o tom castelhano no clube. Mas assim como tantos outros hermanos, ainda não renderam dentro das quatro linhas. Patito e Miralles, inclusive, são cotados para deixar a Vila. Ao trio irá se juntar, nos próximos dias, o chileno Eugênio Mena, lateral-esquerdo contratado junto à Universidad de Chile.

Outros tempos

A procura por estrangeiros que resolvam os problemos do Peixe e ajudem o time a deixar a incômoda 16ª posição do Brasileirão é uma forma de resgatar o passado, quando jogadores de países vizinhos brilharam com a camisa alvinegra.

O maior estrangeiro da história do Santos é o zagueiro argentino Ramos Delgado, que defendeu o clube 323 vezes entre 1967 e 1972. Ele é o 23º jogador que mais vezes vestiu a camisa do Peixe. A identificação com o alvinegro era tão grande que ele acabou trabalhando também como treinador, colecionando nove vitórias, nove empates e oito derrotas em 26 partidas.


No gol, o Santos também teve bons representantes estrangeiros. O uruguaio Rodolfo Rodriguez jogou 255 partidas entre 1984 e 1988. O argentino Cejas, 253 jogos entre 1970 e 1974. Os dois são, respectivamente, o sexto e o sétimo goleiros que mais atuaram com a camisa do Peixe. 

Confira a lista completa dos estrangeiros que defenderam o Peixe desde 2000: 

Rincón (2000)
Galvan (2000-2001)
Tápia (2004)
Henao (2005)
Frontini (2005)
Julio Manzur (2006)
De Nigris (2006)
Maldonado (2006-2007)
Petkovic (2007)
Sebastian Pinto (2008)
Cuevas (2008)
Tripodi (2008)
Molina (2008-2009)
Bolaños (2009)
Renteria (2011-2012)
Fucile (2012)
Miralles (2012-2013)
Patito Rodriguez (2012-2013)
Montillo (2013)

Globoesporte.com

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