Em almoço com 'cardeais' do movimento Resgate Santista, presidente do Peixe diz que pode demitir superintendente administrativo e destituir membro do Comitê
O presidente Luis Alvaro Ribeiro vive momento turbulento no comando do Santos. Além de ser criticado pelo mau desempenho do time no segundo semestre desse ano e pela falta de contratações até o momento, ele enfrenta o pior clima político desde que assumiu a direção do clube, há três anos.
Na última segunda-feira, Luis Alvaro se reuniu em São Paulo com três "cardeais" do movimento Resgate Santista, que apoiou a candidatura dele nas duas últimas eleições e, entre outras cobranças, ouviu os pedidos de que demitisse o superintendente administrativo Henrique Schlithler e destituísse Caio de Stefano, membro do Comitê de Gestão. O presidente concordou com alguns argumentos e sinalizou que poderá atender as reivindicações.
Schlithler é muito criticado pelos problemas enfrentados pelo programa Sócio Rei, não agrada a muitos funcionários do Santos e sofre por ser corintiano, fato inadmissível para muitos conselheiros e torcedores. Já Stefano é acusado de aparelhar o clube, trabalhar nos bastidores para derrubar funcionários que não lhe agradam e estar agindo politicamente visando a próxima eleição, que acontece apenas em 2014. Além disso, ele seria contra os jogos do Peixe em São Paulo, fato que desagrada a ala paulistana dos alvinegros.
Pelo estatuto, Luis Alvaro pode destituir um membro do Comitê a qualquer momento. Porém, para demitir algum superintendente é preciso aprovação do colegiado.
Por meio da assessoria de imprensa, o Santos admite que existe disputa política, mesmo faltando dois anos para o próximo pleito presidencial, mas reitera a unidade do Comitê de Gestão e o compromisso com os rumos do clube e o planejamento para 2013.
Caio de Stefano, também por meio de assessoria, alega que "uma gestão de excelência é a melhor arma para enfrentar uma eleição daqui a dois anos" e nega as acusações recebidas.
Na mesma nota, Henrique Schlithler concorda com os problemas iniciais no programa Sócio-Rei, mas argumenta que melhorias estão sendo implementadas. O superintendente diz que há harmonia entre os funcionários do clube, que passa por um processo de profissionalização. Ele não nega, porém, ser corintiano.
- Estive há pouco tempo em um congresso onde conheci o CEO do Chelsea (ING). Em nossa conversa, ele me contou que está nesta função há 6 anos e que antes exerceu o mesmo papel no Manchester United (ING). O Chelsea é apenas um exemplo de clube profissionalizado e, para que possamos acompanhar a evolução do mundial do futebol, devemos avaliar os profissionais pela sua capacidade - comentou o dirigente.
Toda essa turbulência política e alguns outros problemas fizeram Eduardo Vassimon renunciar o cargo no Comitê de Gestão, embora ele tenha alegado problemas pessoais. Nos bastidores, Pedro Luiz Nunes Conceição, membro do colegiado, é apontado como provável candidato à presidência em 2014 pelo movimento Eu Sou Santos.
Lancepress
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