segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Santos compara Kleiton Lima a Luxemburgo e ameaça demitir o treinador


Dirigentes alegam desgaste no método de trabalho, conflitos de interesses e salário, como os principais motivos de uma possível demissão

O técnico da equipe de futebol feminino do Santos, Kleiton Lima, pode perder seu emprego na Vila Belmiro.
A diretoria santista, que admite um desgaste no relacionamento com o técnico, comparou Kleiton a Vanderlei Luxemburgo, alegando que o treinador gosta de centralizar tudo, método de trabalho que não agrada a diretoria do clube.

“Houve um desgaste natural, conflitos de ideias. Pessoas chegaram para ocuparem cargos, como um médico, por exemplo, e o Kleiton tinha controle total. Mas, desde janeiro, o Santos tomou o controle da situação.
O Kleiton é igual ao Luxemburgo, mas hoje o Santos tem o comando de tudo. Se fosse só esse problema ainda poderíamos controlar”, afirmou o diretor de futebol feminino do Santos, Murilo Barletta.

Os dirigentes santistas também não estão satisfeitos com o acúmulo de funções de Kleyton Lima, que também dirige a seleção brasileira. O clube alega conflito de interesses, e crítica o fato do treinador utilizar demais as jogadoras do Santos na seleção brasileira.


“Ele fica dividido. Vai convocar jogadoras para a seleção ou vai poupar atletas para as competições do Santos? A seleção exige muito. Foram três convocações durante nossas competições. Perdemos jogadoras como a Cristiane e a Grazy por contusão. A seleção usa e o clube se dá mal. A CBF não dá nem um obrigado”, disse Barletta.


Outro motivo que deve ajudar na saída do treinador é a questão financeira. A diretoria do Santos ainda não acertou a renovação de contrato de seu principal patrocinador da categoria para a próxima temporada, e alega que precisa do patrocinador para bancar o salário de um treinador de seleção brasileira.


“Estamos revendo várias coisas. A questão financeira, já que ele é um treinador de seleção brasileira. Ainda não renovamos com o nosso patrocinador. Depende de uma série de coisas”, concluiu o dirigente.


IG São Paulo

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