segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Por decisão da Justiça, Santos perde 25% dos direitos de Ganso para o DIS


Grupo de investimentos conseguiu uma liminar na Justiça obrigando o Peixe a devolver parte dos direitos de sete atletas. Decisão pode ser cassada

No mesmo dia em que a contratação do lateral-direito Jonathan foi confirmada, o Peixe sofreu uma dura derrota na Justiça. Por decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi cassada a liminar que obrigava o grupo DIS a devolver ao Peixe a porcentagem do passe dos direitos federativos de alguns jogadores da equipe da Baixada Santista.

Entre os jogadores, o mais famoso deles é o meia Paulo Henrique Ganso, que se recupera de lesão no joelho e tem volta prevista aos gramados para o mês de março. Outros destaques ficam por conta do volante Wesley, negociado com o Werder Bremen (ALE), e do atacante André, que foi vendido para Dínamo de Kiev (UCR). Os outros atletas são: Diego Faria Anderson Planta, Tiago Luís, e Breitner.

No caso de Ganso, por exemplo, com a decisão da Justiça, o Peixe volta a ter somente 45% dos direitos federativos do atleta. Outros 45% são do DIS e 10% pertencem ao jogador.

Anteriormente, o Peixe tinha 70%, o DIS possuía 20% e o atleta 10%. Em relação a André e Wesley, o grupo DIS deverá entrar com uma ação pedindo o repasse de 25% das vendas dos dois jogadores, o que totalizaria R$ 8,5 milhões (R$ 5 milhões da venda de Wesley e R$ 3,5 da negociação de André).

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o diretor jurídico do Santos, Luciano Moita, não mostrou preocupação com a decisão.

- Ainda nem fomos comunicados da decisão. E, mesmo que eles tenham obtido a liminar, não significa vitória definitiva. Muita coisa ainda vai acontecer, vamos continuar discutindo e cada um vai defender sua parte. Ainda vamos estudar qual será o próximo passo – ressaltou o dirigente.


ENTENDA O CASO

No último biênio da gestão do ex-presidente do clube, Marcelo Teixeira, o Grupo DIS comprou um lote de partes dos direitos dos atletas citados acima por € 1,25 milhão (R$ 2,9 milhões). Esse valor foi contestado pela atual diretoria, que assumiu o comando do clube no início de 2010. Logo de cara, a Comissão Fiscal entendeu que o Peixe havia sido lesado.

De acordo com o parecer da Comissão, a multa contratual desses atletas, na época, girava em torno de 185 milhões de euros (R$ 431 milhões). Ou seja, 25% proporcionais da aquisição representariam 46,2 milhões de euros (R$ 107,7 milhões).

A empresa adquiriu 25% dos direitos pagando, na verdade, pouco mais de 2% sobre o que eles valem, de acordo com a análise do órgão que fiscaliza as contas do clube. Em primeira instância, o Peixe havia vencido, o que obrigava o DIS a repassar a diferença dos valores. Agora, como a liminar foi cassada, a negociação feita com Teixeira volta a ter validade.

Globoesporte.com
Foto: Adilson Barros

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