quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Político, Luis Álvaro se irrita com 'paredão' do Conselho


Após falar sobre conquistas pela manhã, presidente se irrita por questionamento sobre legitimidade da venda de 5% da Joia


"Quem pagou o Robinho?" "Por que venderam 5% do Neymar para um grupo fechado de conselheiros?" Essas foram as principais perguntas que o presidente Luis Álvaro Ribeiro ouviu durante a reunião do Conselho Deliberativo do clube, nesta quarta-feira.


Com discurso político e moderado, o mandatário iniciou a responder uma série de esclarecimentos aos conselheiros do clube.


– Esse assunto, Teisa, eu me sinto à vontade para discutir, esclarecer qualquer ponto – disse, em um dos pontos da reunião.


A calma no discurso manteve-se até uma sucessão de perguntas de um dos conselheiros sobre o formato da negociação para a venda de 5% dos direitos de Neymar e 20% de Arouca.


Durante a maior parte da reunião, Luis Álvaro ganhou elogios rasgados de seus apoiadores, mas escutou de um dos principais, o ex-diretor Rubens Marino, indagações sobre a legitimidade do negócio envolvendo os jogadores a Teisa (Terceira Estrela Investimentos S/A).


– Não temos a pretensão de sermos infalíveis, mas esse é o nosso jeto de administrar. Não é possível que se pretenda voltar anos na História. O Santos precisa se reforçar, fizemos o repatriamento do Elano. É um dinheiro que não cai do céu e esses santistas (Grupo Guia) colocam dinheiro sem pretensão de poder. É com natural espanto que vejo as declarações – afirmou, já exaltado.


O mandatário alega que o Grupo Guia (Gestão Unificada de Apoio ao Santos) é formado por "voluntários" e que Neymar foi vendido a "preço de mercado", mas admitiu falhas na comunicação.


- A venda precisaria ter sido comunicada. Erramos no processo de comunicação entre o conselho administrativo e deliberativo. Há um hiato sobre o que acontece no Santos e o que chega aos conselheiros - justificou o mandatário.


No caso da Joia, a venda dos 5% de seus direitos foi feita a alguns membros desse mesmo grupo por R$ 3,5 milhões, baseado na última proposta do Chelsea (ING) de 25 milhões de euros (R$ 56,4 milhões).


Como forma de amenizar a situação, antes mesmo da reunião do Conselho, Luis Álvaro ainda concedeu entrevista, pela manhã, para comentar sobre o balanço após um ano de gestão.
No fim da reunião do Conselho, o dirigente se desculpou com os conselheiros pelo tom usado na resposta ao questionamento da Teisa.


E Robinho?Mais uma vez, um dos conselheiros pediu para que o presidente também explicasse a forma como foi pago o salário de R$ 1 milhão mensal de Robinho, que jogou por seis meses no clube.


- Assumimos o salário dentro do limite, do nosso teto. Percemos que o Robinho tinha uma imagem pública que se explorada com competência geraria recursos. Foi um grande trabalho do Guia e fomos atrás de patrocinadores, como a Seara, por exemplo. Foram diversos contratos de publicidade e o Santos como um agende de aproximação - finalizou.


Lancepress

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