O ex-presidente do Santos Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, que renunciou ao cargo em maio deste ano por causa de graves problemas cardíacos, tem uma explicação para a demissão de Oswaldo de Oliveira, que foi dispensado pelo Santos na última semana. Na opinião de Laor, o treinador minou sua posição no clube ao tomar decisões que teriam contrariado a cúpula santista, como deixar Leandro Damião no banco de reservas.
"Oswaldo arrumou uma briga política", afirmou o ex-mandatário santista, na noite desta segunda-feira, durante o lançamento da nova camisa listrada do clube, em São Paulo.
Recuperado dos problemas de saúde, o ex-mandatário esbanjou disposição durante a festa, em que posou para fotografias, deu autógrafos e distribuiu sorrisos. "Estou voltando ao útero materno. Não morri por um milagre".
Mesmo longe da direção do clube, Laor demonstra não ter parado de acompanhar o time de coração. Satisfeito com a contratação do técnico Enderson Moreira, que considera um "bom nome", o ex-presidente se mostra incomodado com a pouca utilização de um dos jogadores revelados durante a sua gestão.
"Não colocaria o Thiago Ribeiro no lugar do Geuvânio", afirmou Luis Alvaro, que, veladamente, voltou a criticar a contratação de Damião, por quem o Santos pagou R$ 42 milhões. "Essencialmente, o técnico (do Santos) precisa olhar para a base. Toda vez que o Santos olhou para a base, conquistou títulos. Não adianta investir em medalhões".
Responsável por conduzir as negociações com Robinho em julho do ano passado, o presidente garante não ter guardado mágoas do jogador. Na ocasião, Luis Alvaro disse que o atacante pediu um salário "impraticável" para voltar ao Santos, e Robinho reagiu afirmando que o Laor tentou jogá-lo contra a torcida.
"Eu adoro o Robinho. Entendo que ele ficou chateado. Mas o presidente do Santos tem uma multidão de torcedores a quem precisa dar satisfação", disse Luis Alvaro.
Apesar de declarar a falta de condições para voltar a comandar o Santos, Laor pretende apoiar algum candidato nas próximas eleições do Peixe, que acontecem em dezembro. Seu antigo aliado e atual mandatário, Odílio Rodrigues, não pretende se candidatar e deve indicar algum membro do Comitê de Gestão do clube para concorrer.
Terra
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