O Santos está de olho no futuro para manter a fama de revelar craques para o futebol brasileiro. O clube irá realizar peneiras pela Youtube com a intenção de garimpar novos talentos. O departamento de base receberá vídeos de pouco mais de cinco minutos para avaliar, e os atletas que despertarem o interesse serão convocados para realizar avaliações no CT Meninos da Vila.
No entanto, enquanto está de olho no futuro, a diretoria santista corre risco no presente, já que pode perder quatro "pratas da casa" antes do fim deste ano.
Isso porque Neilton, Victor Andrade, Emerson Palmieri e Giva estão com as negociações de renovação contratual emperrada com a diretoria do Santos e tudo indica que devem deixar o clube.
O caso mais urgente e incontornável é de Neilton. O contrato do atleta termina no final de maio. O atacante rejeitou todas as propostas para renovar. Recentemente, o clube aumentou a proposta salarial de R$ 30 mil para R$ 40 mil mensais, porém o atleta alegou que a oferta do Cruzeiro é maior e recusou novamente.
A cúpula santista ainda ofereceu R$ 80 mil de luvas e mais reajustes salariais em caso de metas alcançadas por Neilton, mas acredita que o jogador só aguarda o término de seu vínculo para deixar a Vila Belmiro.
Victor Andrade também deve seguir o mesmo caminho. O centroavante tem vínculo com o Santos até outubro, já pode assinar um pré-contrato com outro clube em abril, e também rejeitou a proposta de renovação do Santos. O Comitê Gestor ofereceu 10% dos direitos econômicos para o atleta estender o acordo, mas não obteve sucesso.
O Santos detém 70% dos direitos econômicos do jogador, enquanto o restante pertence ao atleta e seus representantes. Caso aceitasse a oferta dos dirigentes santistas, Victor Andrade ficaria com 40% e o clube com 60%.
Outros casos complicados são de Emerson Palmieri e Giva. O primeiro não aceitou aproposta de renovação contratual sem reajuste salarial. O atleta espera ser valorizado, pediu um pequeno aumento, mas a diretoria santista não aceitou e alega que o jogador já recebe um ordenado compatível ao dos jogadores que foram promovidos ao elenco profissional nos últimos anos.
Giva, por sua vez, tem contrato até o final do ano. O Santos precisa desembolsar pouco mais de R$ 2 milhões para comprar 50% dos direitos econômicos do atacante. Porém, o clube já não desembolsou R$ 1,7 milhões para exercer a prioridade de compra no final do passado, e não demonstra interesse em pagar mais caro neste ano. Atualmente, o Santos detém 20% dos direitos de Giva.
Uol Esporte
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