quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Final de 2002 e vice da Libertadores marcam carreira de Fábio Costa


Ex-goleiro elege decisão contra o Corinthians como melhor atuação da carreira e vê derrota para Boca Juniors, em 2003, como a decepção na passagem pelo Santos

A carreira do agora ex-goleiro Fábio Costa se mistura com a história do Santos. Foram 11 anos servindo o Peixe, sendo os três últimos afastado por decisão da diretoria. Entre momentos bons e ruins pelo clube, ele elegeu a partida marcante e a maior decepção na passagem pelo Alvinegro.

A final do Campeonato Brasileiro de 2002, contra o Corinthians, ficou marcada pelas pedaladas de Robinho. Mas, além do atacante, outro jogador ganhou destaque naquela decisão. No gol, Fábio Costa brilhou com grandes defesas e foi um dos responsáveis pela conquista do título - o primeiro do Peixe desde o Campeonato Paulista de 1984. Para o ex-goleiro, aquela foi a melhor atuação de sua carreira.

- Não tem muito como fugir. Aquele jogo contra o Corinthians foi emblemático, espetacular. Em pouquíssimas finais de campeonato eu pude ver um goleiro com o nível de defesas que eu fiz. Algo ímpar. Eu estava em situação psicológica e física muito difícil. Vinha me recuperando de uma lesão. O Júlio Sérgio vinha jogando e estava em um excelente campeonato. Dias antes, ele sentiu uma lesão contra a Ponte Preta e ficou afastado. O Rafael, que era o reserva, jogou contra o São Caetano e nós perdemos. O (Emerson) Leão chegou no treino, perguntou se eu jogaria. Eu disse: "Estou 30%, 40%. em processo de reabilitação". Ele voltou a me perguntar: "Mas você joga?". Eu respondi: "Lógico! Pode me botar que eu jogo".

Fábio Costa ainda estava longe do peso ideal e mancava por causa da grave lesão no tornozelo direito que o afastou de toda a primeira fase da competição. Para superar isso, ele contou com a ajuda de Luiz Alberto Rosan, fisioterapeuta do Alvinegro Praiano à época.

- Quero agradecer ao Rosan. As pessoas que estão por trás são sempre as menos lembradas, mas ele foi um dos maiores responsáveis pelo título. Sempre foi muito profissional e se dedicou 100% à recuperação dos atletas. A minha, particularmente, eu devo a ele. Era o cara que ficava comigo três ou quatro períodos auxiliando na recuperação. Agradeço imensamente. É um dos responsáveis pela grande atuação.

Vice da Taça Libertadores em 2003

Já a maior tristeza do ex-goleiro aconteceu no seguinte ao título brasileiro. O Santos voltou a disputar uma final de Taça Libertadores após 50 anos. Pela frente, o mesmo adversário de 1963, o Boca Juniors, da Argentina. Mas, o sonho do tri na competição foi adiado. Para Fábio Costa, aquela seria a conquista que coroaria o grupo.


- Ali, infelizmente, pesou a imaturidade da nossa equipe, que era muito jovem, formada há menos de um ano, mas que deu frutos além do que imaginávamos, do que se esperava. Acho que o time deu liga, encaixou. E teve o Leão, que foi um cara muito importante, primordial para manter a disciplina e o foco no grupo.

Globoesporte.com

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