quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Ferraz nega "gostinho" especial por reencontro e diz que Santos quer surpreender Jair em clássico

Veja como foi a entrevista do lateral-direito nesta quarta; no sábado, adversário é o Corinthians

Por Globoesporte.com

O Santos reencontrará o técnico Jair Ventura pela primeira vez desde sua saída do clube neste sábado, quando encara o Corinthians, às 19h (de Brasília), no Pacaembu, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Capitão do Santos, Victor Ferraz admitiu que Jair Ventura tem a vantagem por conhecer as características do elenco do Peixe. O treinador ficou na Vila Belmiro de janeiro até o fim de julho deste ano.

– Acho que o Jair tem a vantagem, mas sabemos como o time dele atua. Normalmente o ponto fraco, o ponto forte que víamos no esquema dele. Ele pode ter a vantagem de conhecer as nossas características, mas temos treinado muito para surpreender o Jair – disse Victor Ferraz, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, após a apresentação de um novo parceiro para o programa Sócio Rei.


Victor Ferraz concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Vila Belmiro — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Questionado se tem um "gostinho" especial em enfrentar Jair Ventura, Ferraz negou, mas afirmou que será legal reencontrar o ex-técnico.

– Não tem um gosto especial. O clássico, Santos e Corinthians já tem muito sabor. O Jair é um cara que todo mundo adora, gente finíssima e tentou fazer seu trabalho da melhor maneira. Não foi possível que fosse aquilo que ele imaginou. Eu acho que um outro sabor, não. Vai ser legal encontrá-lo ali e dar um abraço. Desejar boa sorte, mas sem ser neste jogo – comentou o lateral-direito.

Para o clássico, o Santos não terá Alison, suspenso, e Rodrygo, que está com a seleção brasileira sub-20. Dessa forma, a provável escalação do Santos contra o Corinthians é a seguinte: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe (Lucas Veríssimo), Gustavo Henrique e Dodô; Diego Pituca, Carlos Sánchez e Renato (Yuri); Derlis González, Gabigol e Bruno Henrique.

Cuca tem mais três dias de preparação para o clássico. O elenco santista sobe a serra na sexta-feira. Até a noite da última terça, quase 10 mil ingressos haviam sido vendidos.

Victor Ferraz será titular do Santos contra o Corinthians — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Veja outros trechos da entrevista de Victor Ferraz:

Vantagem por semana livre? 
– Não sei se posso considerar uma vantagem, porque sabemos que o futebol vai se resolver no sábado, às 19h. Eles estão focados nesta final até hoje. Talvez estejamos mais descansados, não sei se a palavra 'motivado' cabe a nós, porque eles estarão também. Este ano também pode ter atrapalhado, porque falamos que o nosso objetivo era a Libertadores e não nos concentramos da melhor maneira. Espero que o Corinthians não fique tão concentrado para termos vantagem.

Melhor momento da carreira?
– Foi um ano bem diferente, né? Eu falei isso na minha última coletiva, eu realmente tenho a noção que no início deste ano e até no fim do ano passado já tinha caído de rendimento. Não comecei bem, calhou bem no nascimento do meu filho, Miguel. Eu dormia pouco e não descansava direito, não soube administrar esta questão. Não disse que era o fator principal, mas não me concentrei bem. Minha esposa me ajudou para que eu voltasse melhor. Me recuperei da lesão, foram cinco ou seis jogos que fique no banco. Serviu para que me preparasse melhor e conhecer melhor meus novos companheiros. Eu tinha outros com outras características e estilo de jogar. Eu me acostumei, estou feliz com o momento que estou vivendo, talvez o meu melhor novamente no Santos.

Melhor defesa do returno
– Alguns anos, aqui no Santos, nós temos sempre as melhores defesas, porém não foi tão divulgado pelo fato do Santos ter um DNA ofensivo e se priorizar isso. Em 2016 e 2017, nas épocas do Dorival e Levir, estávamos bem também. Nosso esquema de jogo não estava encaixando neste começo de ano e levávamos gols. A gente conseguiu se comportar melhor como um time. Hoje jogamos muito mais próximos, as equipes tem pouco espaço para criar as chances de gol. É um conjunto de todos os jogadores.

Faltou tato para a CBF com a não liberação de Rodrygo?
– É, eu gostaria muito que o Rodrygo estivesse aqui. É o nosso desafogo, jogador de drible e decisivo. Também entendo que é o processo dele, de seleção. Vários vieram da Europa. É só amistoso, mas é da seleção sub-20. Ninguém é insubstituível, provamos neste segundo turno. Mantemos o mesmo padrão, vamos tentar continuar com isso no sábado e conseguir uma boa vitória.

Robson Bambu
– Ele tem uma particularidade. Ano passado, quando começou a treinar com a gente, disse ao David Braz que era só ele jogar. Eu disse: 'olha, Braz, ele vai ser igual o Veríssimo: quando ele jogar, vai brilhar'. Nos treinos mostrava muita personalidade. Tem um futuro promissor, na minha opinião. O teor da conversa é antiético falar aqui para vocês. Da minha boca, ele ouviu que se fosse ele, eu ficaria. O Santos dá condição de jogador jovem jogar, a torcida também tem paciência, deixa o jogador à vontade. Espero que esta história tem um desfecho melhor para o Santos.

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