segunda-feira, 9 de julho de 2018

Jair explica ‘improviso’ no ataque e elogia Rodrygo: “Fora de série”

No amistoso contra o Monterrey, realizado na madrugada de sábado para domingo, o Santos entrou em campo com uma formação inédita. Pelo menos no que diz respeito ao setor ofensivo. Pela primeira vez na temporada, Bruno Henrique e Rodrygo atuaram juntos, ao lado de Léo Citadini e Sasha, que completaram o quarteto de ataque do time. Em primeira instância, porém, a aposta não deu liga, e os alvinegros não conseguiram balançar a rede mexicana em jogo que terminou 1 a 0 para os donos da casa.

Em coletiva de imprensa após o apito final, o técnico Jair Ventura explicou a escalação, pedindo tempo para que a dupla afine o entrosamento. A ausência de um camisa 10 no elenco santista faz com que o treinador teste tanto Rodrygo, quanto Bruno na função de armador, algo que, segundo o mesmo, é inevitável a partir do momento em que se conta com dois jogadores como os em questão.

“Desses três (Rodrygo, Bruno H. e Citadini), o que mais tem característica de meia, na minha concepção, é o Rodrygo. Um jogador extremamente versátil. Se você olhar a Seleção (Brasileira), por exemplo, o Coutinho gosta de jogar no mesmo lado (pela esquerda) que o Neymar. Com o Tite, ele teve que jogar por dentro. Não tem jeito, quando você tem dois grandes jogadores, alguém vai ter que exercer uma função diferente”, afirmou.


Jair Ventura sofre com a ausência de um camisa 10 de ofício no elenco santista (Foto: Ivan Storti/AFP)

Ventura ainda explicou o motivo de não testar Citadini como meia centralizado, reforçando a preferência por Rodrygo e Bruno Henrique para serem deslocados à posição. O comandante também lembrou que outros jogadores também gostam de atuar pela esquerda, mas que acabam ‘improvisados’ de acordo com as necessidades da equipe.

“O Citadini não tem essa qualidade, esse passe, esse improviso que ele (Rodrygo) tem, mas fecha muito bem o corredor. Não vai ter jeito, enquanto nós não temos um camisa 10, temos de usar nosso elenco e achar alguém para fazer essa ligação com os atacantes. Alguém vai ter de sair da sua posição de preferência. O Copete também gosta do lado esquerdo, assim como o Sasha, que está fazendo a do camisa nove, já que também não temos um ninguém que segure a bola ali, um cara mais pesado. Quando você não tem, você tem que sacrificar. E é legal, porque você vê a entrega desses jogadores, mesmo não jogando na posição em que se sentem mais à vontade”, apontou.

Na mesma linha de pensamento, o técnico santista relembrou a seleção responsável pelo tricampeonato mundial do Brasil, em 1970, quando Zagallo tinha à sua disposição nada menos que cinco camisas 10 (Pelé, Gérson, Tostão, Rivellino e Jairzinho) em seu plantel. O Velho Lobo, porém, não titubeou ao buscar uma escalação que colocasse todos os craques juntos em campo.

“A Seleção de 70 tinha diversos camisas 10. Eram cinco camisas 10, o Zagallo conseguiu um espaço para todos jogarem juntos e nem todos jogaram na posição de preferência. Quando você trabalha com clube grande ou seleção, diversas vezes você vai ter jogadores com esta característica. Com tempo, com entrosamento, eles vão conseguir render”, memorou.

Contra o Monterrey, Rodrygo e Bruno Henrique atuaram juntos pela primeira vez (Foto: Ivan Storti/SFC)

Por fim, Jair Ventura direcionou sua fala especialmente a Rodrygo, última grande revelação do Peixe, que já tem acordo para defender o Real Madrid quando atingir a maioridade, em janeiro de 2019. Mesmo sem uma boa atuação diante do Monterrey, o jovem foi alvo de muitos elogios por parte do técnico, que revelou ter conversas com o atacante no sentido de mostrar a ele o quão grande é seu potencial de versatilidade.

“O Rodrygo é um jogador fora de série. Eu converso muito com ele, para a carreira dele. Ele está indo para o Real, com o Cristiano Ronaldo lá. Ele vai esperar o Cristiano sair para jogar pelo lado que gosta ou vai buscar um espaço diferente dentro de campo? Ele é muito jovem e pode se adaptar a outras funções, já que tem qualidade para jogar em qualquer posição”, finalizou.

Ainda no México, em função do recesso motivado pela Copa do Mundo da Rússia, o Santos volta a campo nesta terça-feira para enfrentar o Querétaro, em amistoso com início previsto para as 23 horas (no horário de Brasília), no Estádio Corregidora. Pelo Campeonato Brasileiro, o Peixe volta a campo no dia 19 de julho, às 20h, quando pega Palmeiras, no Pacaembu, em clássico válido pela 13ª rodada da competição. Por Gazeta Press

4 comentários:

:.tossan® disse...

Aqui entre nós, o Peixe afinal fez um negócio da China vendendo esse moleque Rodrygo que pra mim não é isso tudo o que dizem. Mostrou no amistoso no México que não passa de um jogador igual aos outros. Afinal algo de bom haveria de ser feito na Vila Belmiro, ufa! Abraço

Geraldo Oliveira disse...

Esse Jair dando entrevista notoriamente ainda treina o Botafogo. Ridículo manter esse rapaz como técnico.......

D disse...

Sim, Rodrygo tem grande potencial pra ser craque, é burrice dizer que "ele é igual aos outros", igual aos outros é Cittadini e Mota, fala besteira não... O moleque é muito bom e tem potencial enorme, mas ainda é um moleque, que obviamente vai oscilar mesmo, assim como Vinícius Júnior, Paquetá entre outros isso é natural, agora se basear em UM JOGO pra afirmar isso é ridículo no mínimo, e querer que ele sempre carregue o time nas costas com um meio campo horrível pra municiá-lo tbm...

Só falta ver jogos da Argentina agora e dizer que Messi tbm é "igual aos outros" por não conseguir diversas vezes desempenhar seu melhor futebol lá, visto que tem q jogar por 11 em campo...

:.tossan® disse...

O D, rsrsrsrsrs... você tá comparando Rodrygo com Messi?....rsrsrsrs... Sabe nada inocente! Rodrygo? Quem viver verá.