segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Posse de bola e variações: Dorival detalha esquema tático do Santos

Volante como zagueiro, laterais pelo meio e movimentação: Dorival cita variações táticas do Peixe no ano e promete novo esquema para 2017 'se jogadores se sentirem confortáveis'


O Santos recebeu durante esta temporada o rótulo de time "moderno", alinhado com o que existe de melhor em esquemas táticos na Europa. Com ideias diferentes do usual e bem trabalhadas ao longo do ano, o técnico Dorival Júnior é quem recebe os méritos.

Se em 2015, ano em que assumiu o comando do Peixe pela segunda vez na carreira, a virtude da equipe era o contra-ataque, em 2016 tudo se reconfigurou. Com mudanças nas características do elenco, o treinador adaptou a forma de jogar e investiu na posse de bola.

Desde o Paulistão até o fim do Brasileiro, o Santos tinha o controle em quase todas as partidas e construía as jogadas desde a defesa. Os laterais Victor Ferraz e Zeca eram constantes "surpresas" infiltradas pelo meio e o volante Yuri atuou como zagueiro para dar ainda mais qualidade à saída de bola. 

– Este ano tivemos laterais por dentro para termos mais jogadores pelo meio. Você ganhava amplitude pelas laterais e ao mesmo tempo prevalecia no meio-campo ofensivamente com preenchimento maior do espaço em razão de ter os laterais trabalhando nessa função. O que talvez tenha se configurado e determinado nova condição é que isso foi muito bem trabalhando. Nosso treinamento desde o aquecimento era voltado para que tivéssemos uma linha de quatro bem composta, e quando chegava no campo de ataque com as saídas por trás, proporcionávamos com movimentação dos laterais. Tínhamos mais elementos para trabalhar transição – explica, ao LANCE!.

Mesmo por vezes acusado de "passivo" pela torcida, o esquema tático trabalhado nesta temporada trouxe resultados e rendeu, além do título estadual, o vice-campeonato nacional. Para 2017, ano de Libertadores, Dorival promete novo esquema. Tudo dependerá dos jogadores.

– Eu espero no ano que vem começar a implantar uma outra condição, e os próprios jogadores dirão se sentem-se confortáveis ou não – disse.

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