Técnico, de papel fundamental na vitória sobre a Ponte neste domingo, considera que time foi prejudicado por alteração quando equipe já estava em Campinas
A virada sobre a Ponte Preta em Campinas, na manhã deste domingo, foi obviamente celebrada pelo técnico Dorival Júnior, que teve participação importante na vitória do Santos por 2 a 1. Mas o treinador usou grande parte do tempo de sua entrevista coletiva após o confronto para desabafar.
O alvo foi a CBF, que, na sexta-feira, mudou a data e o horário da partida poucas horas antes de a bola rolar – originalmente, às 21h do sábado. A pedido da Polícia Militar de Campinas, preocupada com a possível celebração do título do Guarani na Série C, o que não aconteceu no fim, a confederação mudou o jogo com mando da Ponte Preta para o domingo, às 11h.
– A gente estava entrando em Campinas, na sexta-feira à noite, quando descobrimos que o jogo não aconteceria. Pior, descobrimos pelos sites (jornalísticos). É o absurdo dos absurdos – reclamou.
A insatisfação do Santos já tinha se tornado pública com uma nota de repúdio divulgada pela diretoria. Em Campinas, o time jogou com uma mensagem na camisa: "faltou respeito".
– Vemos o futebol brasileiro na contramão da história. Uma atitude desnecessária, sem um parecer um pouco mais sério. A ingerência acaba prevalecendo e o futebol se vê outra vez agredido – continuou Dorival.
Ele defendeu que o Santos não procure a CBF para formalizar uma reclamação, como prometeu o presidente do Modesto Roma Júnior.
– A CBF tem que sair do pedestal e vir até os clubes. As coisas têm que acontecer de forma diferente. A CBF tem que se curvar e reconhecer que foi um erro grotesco. Estamos brigando para nos aproximarmos dos líderes e não poderiam ter nos tratado dessa forma – completou o treinador.
O Santos chegou aos 64 pontos, ainda à caça do Palmeiras, o líder. A equipe só volta a campo no dia 17 de novembro, quando recebe o Vitória na Vila Belmiro. Globoesporte.com
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