terça-feira, 16 de agosto de 2016

Entenda como o Santos trabalha com estatíica para melhorar desempenho

Comissão técnica é fã de números e trabalha dados individualmente para fazer performance evoluir. Peixe é melhor ataque e segunda melhor defesa do Brasileirão

Além de jogar bola, o Santos procura usar os números na disputa pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro. Dorival Júnior e os demais membros da comissão técnica são fãs de estatísticas e se baseiam nelas para defender a boa fase do Peixe.

O técnico, os auxiliares Lucas Silvestre, Serginho Chulapa e Marcelo Fernandes, além dos analistas de desempenho Leonardo Porto e Lucas Matheus, têm proposto desafios gerais e individuais aos atletas. E está funcionando: o Alvinegro, vice-líder, tem a melhor defesa do Brasileirão, com 17 gols sofridos, e o segundo melhor ataque, com 35 gols marcados.


A cada partida, o elenco se reúne para discutir erros e acertos. E é aí que números como posse de bola, passes certos e finalizações são apresentados. E cada jogador recebe um relatório específico.

O zagueiro Gustavo Henrique, por exemplo, foi instruído a tentar mais passes longos – ou passes qualificados, como chama a comissão técnica. Já o meia Léo Cittadini, que tem atuado como volante, melhorou o número de desarmes e tem ajudado mais a marcação a partir desses dados.

A base do trabalho da comissão técnica é o passe. Dorival vê este como o principal fundamento do futebol e cobra dos atletas que o melhorem a cada treinamento. Nas atividades do CT Rei Pelé, os santistas gostam do estímulo e procuram diminuir o tamanho do campo reduzido para o famoso bobinho. 

É neste treino que parece banal que Dorival percebe a evolução do trabalho. O espaço para manter a posse de bola com apenas um toque enquanto há dois jogadores como bobos é cada vez menor. 

Quando percebe que os atletas conseguem trocar passes no espaço delimitado, o treinador o reduz ainda mais. O Santos é o melhor passador do Brasileiro, com 8.511 toques certos.

– Estamos entre os melhores ataques e defesas do Campeonato Brasileiro. Temos melhorado nossos números de posse de bola e de ações por jogo. São pontos inquestionáveis dentro de tantos problemas que tivemos que tivemos, sempre desfalcados, com jogadores importantes fazendo a quarta ou quinta partida depois de 20 rodadas. Estamos nos adaptando dentro da competição, sem espaço para treinamentos maiores. Isso nos motiva a buscar cada vez um pouco mais – comemora Dorival.

As estatísticas são tão importantes para o Santos que o clube pensa em contratar um novo analista de desempenho. Recentemente, o Peixe investiu em tecnologia por novos softwares e reformou o setor de inteligência do CT Rei Pelé.

Globoesporte.com

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