terça-feira, 12 de julho de 2016

Como o Santos deixa seus 'vovôs' em forma



O Santos, que enfrentará o Palmeiras no Allianz Parque pelo Campeonato Brasileiro, nesta terça-feira, tem um aliado para contar com os jogadores mais experientes do elenco o máximo de partidas possível: o Cepraf (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol).

Para isso, Renato (37) e Ricardo Oliveira (36) precisam seguir uma rotina de treinamentos diferente dos atletas mais jovens. É realizado um trabalho específico com objetivo de prevenir lesões.

"Algumas vezes eles precisam de mais repouso e fazem reforço muscular. Temos exames que avaliam o desgaste físico deles e isso ajuda muito na hora de montar as atividades", contou Avelino Buongermino, coordenador de fisioterapia do Cepraf, aoESPN.com.br.

"Os jogadores mais velhos chegam uma hora mais cedo aos treinos. Eles fazem alongamentos e reequilíbrio muscular. Nós temos o preparador físico que trabalha dentro da academia e ficamos em contato permanente com a comissão técnica", prosseguiu.

É feito o mapemento no elenco e o departamento médico faz reuniões periódicas para discutir a situação individual de cada jogador. 

"Hoje, a fisioterapia esportiva é muito voltada para a prevenção. Antigamente era só quando se tinha uma lesão estabelecida que se procurava o médico e o fisioterapeuta. Sempre monitoramos se tem algum problema ou diferença de uma perna para outra".

Jogador mais velho do elenco, Renato atuou em 29 partidas neste ano e outras 53 em 2015. "É um cara que mesmo depois de uma série de jogos e viagens, na segunda-feira está aqui 8h para se tratar. Isso é responsabilidade", ponderou.



Ricardo Oliveira admite que não acreditava que seria artilheiro do Brasileiro

Ricardo Oliveira foi outra contratação de um veterano que deu resultado. Ele chegou ano passado, foi artilheiro do Brasil com 37 gols em 62 partidas. Além disso, foi convocado por Dunga para a seleção brasileira.

Neste ano, porém, não atuou depois da final do Campeonato Paulista. O camisa 9 voltou a trabalhar com bola nesta semana, mas está fora do clássico por precaução.

"O Ricardo não estava jogando porque estávamos o preparando para ter uma sequência grande de jogos durante o resto do ano. A gente tinha decidido que haveria essa pausa e o tempo que fosse necessário para a recuperação", analisou.

Avelino conta que o trabalho feito com os atletas mais velhos causou uma mudança no elenco. "Por causa desse exemplo, tem dias que temos cerca de 16 atletas chegando mais cedo e fazendo prevenção. Existe uma cobrança entre eles, que sabem o que precisa ser feito". 

"O Lucas Lima fez o impossível para jogar a final do Paulista, mesmo com o tornozelo muito inchado. Ele conseguiu jogar por 25 minutos e fomos campeões". 



Dorival espera 'bela partida' contra o Palmeiras e confia no Santos impondo seu estilo 

PADRINHO DE CASAMENTO DE GANSO

Avelino Buongermino começou como estagiário de Marco Aurélio Cunha e Luis Rosan no São Paulo. Trabalhou no Instituto de fisioterapia criado pelo ex-jogador Sócrates, em Ribeirão Preto. Teve sua primeira passagem no Santos juntamente com Nilton Petroni, ex-fisioterapeuta de Ronaldo Fenômeno, quando foi criado o Cepraf. Passou por clubes no Japão e retornou à Vila Belmiro em 2008. 

GAZETA PRESS
Renato faz um trabalho diferenciado no Cepraf 

Em todos este anos, guarda com carinho o trabalho que fez para recuperar o atacante Maikon Leite, que rompeu todos os ligamentos do joelho após um choque com o goleiro Bruno, do Flamengo, em 2008.

Virou amigo de Paulo Henrique Ganso depois que o meia passou por cirurgias no joelho e ficou afastado dos gramados, em 2010. 

"Sou padrinho de casamento dele por toda afinidade e amizade que criamos nos tempos de Santos. Fico muito feliz de ver como ele está hoje, recuperado", comemorou.

Além disso, costuma receber a visita de ex-jogadores santistas para se tratarem nas dependências do clube, como no caso do zagueiro Alex (ex-Milan) e Rafael Cabral (goleiro do Napoli).
ESPN

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